“A BÍBLIA SAGRADA” – AQUI VOCÊ ENCONTRARÁ…
>>O QUE É A BÍBLIA SAGRADA / MATERIAIS E LÍNGUAS ORIGINAIS
>>ESCRITORES DA BÍBLIA / A ORIGEM DO NOME BÍBLIA
>>MANUSCRITOS ORIGINAIS / A BÍBLIA EM SUAS LÍNGUAS
>>A ESTRUTURA DA BÍBLIA / FATOS E PECULARIEDADES
>>A UNIDADE FÍSICA DA BÍBLIA / O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
O QUE É A BÍBLIA SAGRADA?
É a revelação de Deus à humanidade. Esta é a definição canônica mais curta da Bíblia. Tudo o que Deus tem preparado para o homem, bem como o que Ele requer do homem, e tudo o que o homem precisa saber espiritualmente da parte dEle quanto a sua redenção e felicidade eterna, está revelado na Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar a Palavra de Deus e apropriar-se dela pela fé. O autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo.
O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para ser santo ou santificado. A coleção completa dos livros divinamente inspirados constituindo a Bíblia é chamada de cânon. Os nomes canônicos mais comuns do Livro Sagrado são:
– Escrituras ou Sagradas Escrituras: Mt 21:42; Rm 1:2.
– Livro do Senhor, Isaías 34:16 .
– A Palavra de Deus, Mc 7:13; Hb 4:12 .
– Oráculos de Deus, Rm 3:2 .
MATERIAIS
PAPIRO: Material extraído de uma planta aquática desse mesmo nome. Há várias menções dele na Bíblia, como por exemplo, Jó 8:11; Êx 3:2; Is 18:2; II Jo 12. De papiro deriva o termo papel. Seu uso na escrita vem de 3.000 AC, no Egito.
PERGAMINHO: É a pele de animais, curtida e preparada para escrita. É material superior ao papiro, porém de uso mais recente. Teve seu uso generalizado, a partir do início do século I, na Ásia Menor. É também citado na Bíblia, exemplo : II Tm 4:13.
LINGUAS ORIGINAIS
HEBRAICO : Para o Antigo Testamento.
GREGO : Para o Novo Testamento .
Estas são as duas línguas principais em que a Bíblia foi inspirada e escrita. As traduções só conservam a inspiração quando reproduzem fielmente o original.
MANUSCRITO: Tudo era feito pelos escribas de modo laborioso, lento e oneroso. Desde esse tempo, Deus tem abençoado maravilhosamente a difusão do Seu Livro, de modo que hoje em dia milhões de exemplares são impressos em muitos pontos do globo com rapidez e facilidade em modernas impressoras.
ESCRITORES DA BÍBLIA
A existência da Bíblia, abrangendo seus escritores, sua formação, composição, preservação e transmissão, só pode ser explicada como milagre de Deus, ou melhor: Deus é seu autor. Foram cerca de quarenta os escritores da Bíblia. Deste modo, a Palavra Escrita de Deus foi nos dada por canais humanos, assim como o foi a Palavra Viva – Cristo, Ap 19:13 . Esses homens pertenceram às mais variadas profissões e atividades, escreveram e viveram distantes uns dos outros em época e condições diferentes. Levaram 1500 anos para escrever a Bíblia. Apesar de todas estas dificuldades, ela não contém erros nem contradições. Há sim dificuldades na compreensão, interpretação, tradução, aplicação, mas isso do lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos.
A ORÍGEM DO NOME BÍBLIA
Este nome consta apenas da capa da Bíblia, mas não o vemos através do volume sagrado. Foi primeiramente aplicado por João Crisóstomo, grande reformador de Constantinopla. (398 – 404 A.D) . O vocábulo “Bíblia” significa etimologicamente “coleção de livros pequenos”, isto porque os livros da Bíblia são pequenos, formando todos um volume não muito grande como tão bem conhecemos. De fato, a Bíblia é uma coleção de livros perfeitamente harmônicos entre si. É devido a isso que a palavra Bíblia sendo plural no grego passou a ser singular nas línguas modernas.
À folha de papiro preparada para a escrita, era chamada pelos gregos de biblos. Ao rolo pequeno de papiro, os gregos chamavam biblion, e ao plural deste chamavam biblos.
Portanto o vocábulo Bíblia deriva da língua grega. Os vocábulos bíblia e biblion” constam do Novo Testamento grego, mas não referente à própria Bíblia :
Bíblia : Jo 21:25; II Tm 4:13; Ap 20:12; Dn 4: 2; (hb )
Biblion: Lc 4:17; Jo 20:30.
MANUSCRITOS ORIGINAIS
Não existem manuscritos originais, isto é, saídos das mãos dos escritores, disponíveis para consulta . Deus na Sua providência permitiu isso. Se existisse algum, os homens o adorariam mais do que o seu divino Autor. A serpente de metal posta entre os israelitas como meio de auxilio à fé em Deus (Nm 21.8,9; Is 45:22), foi depois idolatrada por eles (II Reis 18:4). Deus cuidou do sepultamento de Moisés e ocultou o seu local porque certamente o povo adoraria seu corpo, (Dt 34:5,6 ). O Diabo tinha interesse na idolatria e contendeu com o arcanjo que procedeu ao funeral de Moisés (Jd 9 ). Milhões, em muitas terras adoram a cruz de Cristo, ao invés do Cristo da cruz. É também o caso da virgem mãe de Jesus Cristo, que milhões adoram-na mais do que ao filho. Além disso, temos a considerar o seguinte, historicamente, quanto à inexistência de manuscritos originais:
1) Era costume dos judeus enterrar os manuscritos estragados pelo uso ou qualquer outra causa, para evitar sua mutilação ou interpolação espúria.
2) Os reis idólatras e ímpios de Israel podem ter destruído muitos, ou contribuído para isso, como é o caso descrito em Jeremias 36:20-26.
3) Antíoco Epífanes, rei da Síria (175 – 164 AC), durante seu reinado dominou sobre toda a Palestina. Foi homem extremamente cruel. Tinha prazer em aplicar torturas. Decidiu exterminar a religião judaica. Assolou Jerusalém em 168 AC. profanando o templo e destruindo todas as cópias que achou das Escrituras.
4) Nos dias do feroz imperador romano Deocleciano (284 – 302 A.D. ), os perseguidores dos cristãos destruíram quantas cópias acharam das Escrituras. Durante dez anos Deocleciano mandou vasculhar o império visando destruir todos os escritos sagrados. Chegou a crer que tivesse destruído tudo, pois mandou cunhar uma moeda comemorando tal vitória. A literatura judaica afirma que a missão da chamada Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foi reunir e preservar os manuscritos originais do Antigo Testamento – os de que se serviram os Setenta no preparo da Septuaginta – a primeira tradução da Escrituras. Os textos em línguas original que utilizam os atuais eruditos no preparo das modernas versões, são reproduções da atuais cópias de originais. Cópias de manuscritos originais. Há inúmeras, em várias partes do mundo. Discorrer sobre elas foge ao escopo desta obra. Esses manuscritos existentes harmonizam-se admiravelmente, assegurando-nos assim da sua autenticidade. Uma confirmação disso vemos nos manuscritos do Mar Morto.
Resumo: Em 1947, próximo ao Mar Morto foi descoberto um manuscrito do profeta Isaías, em forma de rolo, escrito em hebraico, datado do ano 100 AC., sendo assim mais velho que o mais antigo manuscrito bíblico até então conhecido! (Muitos outros foram também encontrados, e centenas de fragmentos de outras obras). Pois bem, o texto desse manuscrito quando comparado com o das nossas Bíblias, concorda plenamente. Esta é uma prova singular da autenticidade das Escrituras, ao considerarmos que o citado manuscrito de Isaías tem a agora mais de 2.000 anos de existência ! Os manuscritos bíblicos são sempre indicados pela abreviatura MS.
A BÍBLIA EM SUAS LÍNGUAS
A BÍBLIA EM HEBRAICO Abrange apenas o nosso Antigo Testamento. É essa a Bíblia dos judeus. Lá, o arranjo dos livros é diferente, e o total é 24 em vez de 39, porque vários grupos de livros são contados como um só livro. O texto é sempre o mesmo. Os 24 livros estão classificados em 3 grupos a que Jesus referiu-se em Lc 24.44 – LEI PROFETAS, ESCRITOS. Os Salmos eram o primeiro livro do último grupo, talvez por isso citados em Lc 24.44, querendo indicar todo o grupo.
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
A língua portuguesa é falada em todos os continentes, fato que revela a importância da Bíblia em português, em todos os sentidos.
A primeira tradução da Bíblia em português, foi feita por um evangélico: o pastor João Ferreira de Almeida. Fato interessante é que o trabalho foi realizado fora de Portugal. A Cidade foi Batávia, na Ilha de Java, no Oceano Índico. Hoje, essa cidade chama-se Djacarta, capital da República da Indonésia. Almeida foi ministro do Evangelho da Igreja Reformada Holandesa, a mesma que evangelizou no Brasil, com sede em Recife durante a ocupação holandesa, no século XVII . Nasceu em Portugal, perto de Lisboa, em 1628. Faleceu em Java em 1691. A Igreja Católica, através do tribunal da inquisição, não podidendo queimá-lo vivo, queimou-o em estátua em Goa, antiga possessão portuguesa na Índia. Essa Igreja nem mesmo agora, no chamado Ecumenismo se, desculpou de tais coisas.
Versões:
Primeira versão de Almeida: O Novo Testamento.
Almeida traduziu primeiro do Novo Testamento, o qual foi publicado em 1681 em Amsterdam, Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exemplar da 3a. Edição do Novo Testamento de Almeida, feita em 1712.
O Antigo Testamento: Almeida traduziu o AT até o livro de Ezequiel. A essa altura Deus o chamou para o lar celestial, em 1691. Ministros do Evangelho, amigos seus, terminaram a tradução, a qual foi publicada completa em 1753. A sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, de Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas o Novo Testamento. A Bíblia completa, num só volume, a partir de 1819. O texto em apreço foi revisado em 1894 e 1925. A Bíblia de Almeida foi publicada a primeira vez no Brasil em 1944 pela Imprensa Bíblica Brasileira, organização batista. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira tem sido maravilhosamente usada por Deus na disseminação da Bíblia em português, em trabalho pioneiro e continuado.
Versões: A Versão ARC (Almeida Revisada e Corrigida): A Imprensa Bíblica Brasileira publicou em 1951 a edição revista e corrigida, abreviadamente conhecida por ARC. A Versão ARA ( Almeida Revista e Atualizada ): Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de 1945 a 1955, preparou a Edição Revisada e Atualizada de Almeida, conhecida abreviadamente por ARA. É considerada uma obra magnífica, com melhor linguagem e melhor tradução. O NT foi publicado em 1951. O AT, em 1958. A publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi usado o texto grego de Neste para o NT e o hebraico do Brasil.
Comissão Permanente Revisora do ARA: Revisão é uma atualização do texto em vernáculo, para que seja melhor entendido. Razão: uma língua viva evolui como todas as coisas vivas. Há uma comissão permanente de revisão da ARA, mantida pela Sociedade Bíblica Brasileira, acompanhando os progressos da crítica textual.
Outros autores:
Antônio Pereira de Figueiredo, Padre católico romano, Grande latinista, editou o NT em 1778 e o AT em 1790. Tradução feita em Portugal.
“Tradução Brasileira”, feita por uma comissão de teólogos brasileiros e estrangeiros. O NT foi publicado em 1910 e o AT em 1917. É tradução mui fiel ao original Esgotada.
Huberto Rhoden. Padre brasileiro, de Santa Catarina. Foi publicada em 1935. Esse padre deixou a igreja Romana. E versão muito usada na crítica textual. Esgotada.
Matos Soares. Também padre brasileiro. Traduziu da Vulgata. Foi publicada no Brasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933. É a Bíblia popular dos católicos romanos de fala portuguesa. Um grave inconveniente são os itálicos que às vezes são mais extensos do que o texto em si, e conduzem a preconceitos e tendências.
A versão da Imprensa Bíblica Brasileira. A IBB lançou em 1968, após anos de cuidadoso trabalho, uma nova versão em português, conhecida como VIBB, baseada na tradução de Almeida. A edição de 1968 apareceu apenas em formato de púlpito. Em 1972 foi lançado o formato popular, comum. Nessa versão foram utilizados os melhores textos em hebraico e grego.
Outras Versões. A igreja Católica Romana tem publicado mais edições dos Evangelhos e Novo Testamento Os itálicos, notas e apêndices, conduzem, é claro, às doutrinas daquela Igreja.
Os Testemunhas de Jeová publicam uma versão falsificada de toda a Bíblia – “A Tradução Novo Mundo”. O texto é mutilado e cheio de interpolação. Foi preparado para apoiar as cenas antibíblicas dessa seita falsa.
BÍBLIA CATÓLICA ROMANA Estas têm 7 livros a mais, perfazendo 73 ao todo. Esses livro a mais são os chamados “apócrifos”, palavra que no sentido religioso significa não genuíno. São livros não inspirados por Deus. Os 7 apócrifos estão inseridos todos no Antigo Testamento. Isso foi feito muito depois de encerrado o cânon do AT, por conveniência da igreja Romana.
A aprovação deles, por essa igreja deu-se no Concílio de trento em 1546 em meio a muita controvérsia. Seus títulos são:
– TOBIAS
– JUDITE
– SABEDORIA DE SALOMÃO
– ECLESIÁSTICO (Não confundir com o livro canônico Eclesiastes).
– BARUQUE
– I MACABEUS
– II MACABEUS
ESTER (Ao livro de Ester ).
CÂNTICO DOS TRÊS SANTOS FILHOS (Ao livro de Daniel )
HISTÓRIA DE SUZANA ( Ao livro de Daniel )
BEL E O DRAGÃO (Ao livro de Daniel )
As Bíblias católicas têm livros cujos nomes são iguais aos daqueles empregados nas edições evangélicas. Essas diferença não tem grande importância. Entretanto. Como os protestantes usam também Bíblias de edição católica, é bom que se dê um quadro explicativo, que os auxilie no manejo das diferentes edições:
Bíblia protestante
I,II Samuel
I,II Reis
I,II Crônicas
Bíblia católica
I,II Reis
III, IV Reis
I,II Esdras
Como se vê é simples questão de nomes, mais ou menos apropriados, seguindo o critério das autoridades que dirigem as edições, e para todos eles há justificativas histórica e tradicional. Notam-se também variações na numeração dos Salmos Vejamos essas variações num quadro. Assim:
Bíblia católica
SI 9,10
SI 11-113
SI 114,115
SI 116
SI 117-146
SI 147
SI 148-150
Bíblia protestante
SI 9
SI 10-112
SI 113
SI 114,115
SI 116-145
SI 146,147
SI 148-150
Conclusão: Cancelados os livros apócrifos, as Bíblias católicas e protestantes são substancialmente idênticas. Basta conferi-las. Aparecem naturalmente variações na linguagem e até mesmo de sentido, o que é inevitável, em qualquer obra de tradução. A causa às vezes, está na diferença de competência do tradutor, outras vezes nas variações das fontes originais. Os nossos 39 livros do AT, são chamados pelos católicos de protocanônicos. Os que chamamos pseudoepigráficos, eles chamam apócrifos. (Os evangélicos chamam de pseudoepigráficos a um grupo de livros espúrios, nunca reconhecidos pela Igreja Católica. A esses, essa Igreja chama apócrifos).
A ESTRUTURA DA BÍBLIA
Estudaremos neste ponto um resumo da estrutura da Bíblia quanto a sua composição em partes principais, livros, classificação dos livros por assuntos, divisão dos livros em capítulos e versículos, e certas particularidades indispensáveis.
Divisão em partes principais. São duas: Antigo e Novo Testamento. O AT é três vezes mais volumoso do que NT.
Composição quanto a livros. São 66 ,sendo 39 no AT e 27 no NT. O maior livro é o dos Salmos; o menor é III João.
Divisão em capítulos. São 1.189, sendo 929 no AT e 260 no NT. O maior capítulo é o Salmo 119; e o menor é o Salmo 117. Para ler A Bíblia toda em um ano basta ler 5 capítulos aos domingos e 3 nos demais dias da semana. Foi dividida em capítulo em 1250 AD por Hugo de Saint Cher, abade dominicano, estudioso das Escrituras.
Divisão em versículos. São 31.173, sendo 23.214 no AT e 7.959 no NT O maior versículo está em Ester 8.9 e o menor em Êxodo 20.13, na ARC; em Lucas 20.30 na TRBR; em Jó 3.2 na ARA. Como se vê, depende da Versão. Noutras línguas varia também. Foi dividida em versículos em duas etapas: AT em 1445 pelo Rabi de Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos em 1555, sendo esta a Vulgata Latina. Em inúmeros casos, essas divisões são inexatas, repartindo o texto e alterando a linha do pensamento. São utilíssimas na localização de qualquer fração do texto.
Classificação dos livros. Os 66 livros estão classificados ou agrupados por assuntos, sem ordem cronológica. É bom ter isso em mente ao estudar A Bíblia, pois evitará muita mal entendido, especialmente na esfera da história, da profecia bíblica e no desenvolvimento da doutrina. A classificação dos livros do AT é feita na ordem cronológica dos mesmos, o que para o leitor menos avisados, dá lugar a não poucas confusões quando o mesmo procura agrupar os assuntos cronologicamente. Os 39 livros do AT estão divididos em 4 classes: LEI, HISTÓRIA, POESIA, PROFECIA.
Os livros de cada classe são os seguintes.
· LEI : 5 livros – de Gênesis a Deuteronômio esses cinco livros são chamados Pentateuco. Tratam da criação e da LEI.
· HISTÓRIA: 12 livros – de Josué a Ester . Contém a história do povo escolhido: Israel .
· POESIA: 5 livros – de Jó a Cantares. São chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo e não por outra razão.
· PROFECIA – 17 livros – de Isaías a Malaquias. Esses 17 livros estão subdivididos em dois grupos:
· Profetas Maiores : 5 livros, de Isaías a Daniel.
· Profetas Menores: 12 livros, de Oseias a Malaquias.
· Os nomes maiores “maiores e menores” referem-se ao volume de matéria dos livros e extensão do ministério profético.
Na Bíblia hebraica (o nosso Antigo testamento), a divisão dos livros é bem diferentes como já falamos.
· O Novo Testamento: Seus 27 livros também estão divididos em quatro classes: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, DOUTRINA, PROFECIA. Os livros de cada classe são os seguintes:
· BIOGRAFIA: São os quatro Evangelhos. Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e o Seu glorioso ministério entre os homens. Os três primeiros são chamados Sinóticos dos Evangelhos fala também da sua universalidade, por serem quatro os pontos cardiais.
· HISTÓRIA: É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história da Igreja Primitiva, seu viver e agir. O livro mostra que o segredo do progresso da Igreja é a plenitude do Espírito Santo.
· DOUTRINA: São 21 livros chamados Epístolas ou Cartas. Vão de Romanos a Judas. Umas são dirigidas a igrejas e outras a indivíduos. As 7 que vão de Tiago a Judas, são chamadas epístolas Universais ou Gerais.
· PROFECIAS: É o livro de Apocalipse. Esta palavra significa revelação. Trata da volta do Senhor Jesus à terra, é o inverso do livro de Gênesis. Lá narra como tudo começou; aqui, como tudo findará. Há outras modalidades de classificação, mas a que vai acima, parece-nos bastante simples e prática.
· A disposição dos 66 livros. Os que organizaram a presente disposição dos livros foram sem dúvidas guiados por Deus, porque nota-se uma gradativa correlação doutrinária entre os mesmos. Exemplo disso: Antigo Testamento há uma linda relação entre o livro dos Salmos e o de Provérbios. Nunca poderia vir separados. Os Salmos tratam do nosso andar com Deus; Provérbios: o nosso andar com os homens. Esses livros não podiam estar distantes.
· Exemplo em o Novo Testamento:
– Romanos, fala da salvação.
– Primeira e Segunda Coríntios, fala da Vida Cristã Disciplinada.
– Efésios, Filipenses e Colossenses, falam da Vida Consagrada.
– Primeira e segunda Tessalonicenses, falam da Vinda de Jesus.
– Primeira e Segunda Timóteo, Tito falam de Obreiros e Ministério.
– Primeira e Segunda Pedro, falam de Provas e Tribulações.
FATOS E PECULARIEDADES
· O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de 8 versículos cada.
· O número 22 corresponde ao de letras do alfabeto hebraico.
· Cada uma das 22 seções inicia com uma letra do referido do alfabeto, e em cada seção dos versículos começam com a letra da respectiva seção. Ali, em hebraico, os capítulos 1,2 e 4 têm 22 versículos cada, correspondendo ás 22 letras do alfabeto, de Álefe a Tau. Porém o capítulo 3 tem 66 versículos, levando cada três deles, a mesma letra do alfabeto. Há outros casos assim na estrutura da Bíblia. Isso jamais poderia ser obra do acaso. Por exemplo: O Salmo 22 é alfabético – um versículo para cada letra hebraica.
· O livro de Isaías é uma miniatura da Bíblia. Tem 66 capítulos correspondentes aos 66 livros.
· A primeira seção tem 39 capítulos correspondendo à mensagem do Antigo Testamento.
· A segunda seção tem 27 livros, tratando de conforto, promessa e salvação, correspondendo à mensagem do Novo testamento. O Novo Testamento termina mencionando o novo céu e a nova terra. O mesmo ocorre no término de Isaías (66.22). O próprio nome Isaías tem semelhança com o que Jesus, no significado. Isaías quer dizer Salvação de Jeová, e Jesus Jeová é Salvação.
· A frase “não temas”, ocorre 395 vezes em toda a Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano!
· O capítulo 19 de II Reis é idêntico ao 37 de Isaías.
· O Antigo Testamento encerra citando a palavra “maldição”, o Novo Testamento encerra citando “a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
· A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do preto; isso deu-se em 1452 em Mainz, Alemanha.
· Os números 3 e 7 predominam admiravelmente em toda a Bíblia. O nome de Jesus consta do primeiro e último versículo do Novo Testamento.
· A Bíblia completa pode ser lida em 70 horas e 40 minutos, na cadência de leitura de púlpito.
· O Antigo Testamento leva 52 horas e 20 minutos. O Novo Testamento, 18 horas e 20 minutos.
· Que estás fazendo, irmão, para difundir a Bíblia o livro que te salvou?
A UNIDADE FÍSICA DA BÍBLIA
Unidade e existência física da Bíblia até os nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Há nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. Esses homens tinham diferentes atividades e escreveram sob diferentes situações. Na maior parte dos casos não se conhecem, escrevendo em duas línguas principais. Devido a essas circunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já havia sido escrito, Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, século depois um outro completava-o. Tudo isto somando num livro puramente humano daria uma babel indecifrável! Imagine o que seria fisicamente a Bíblia, se não fosse a mão de Deus! Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao certo como os 66 livros encontraram-se e agruparam-se num dó volume; isso é obra de Deus. Sabemos que os escritores não escreveram os 66 livros de uma só vez, nem em um só lugar, nem com o objetivo de reuni-los num só volume, mas em intervalos durante 16 séculos, em lugares que vão de Babilônia a Roma. Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, Interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação quanto aos sentidos do texto, etc. Portanto quando encontrarmos na Bíblia um trecho discrepante, não pensemos logo que é erro! Saibamos refletir como Agostinho, que disse: ” Num caso desse, deve haver erro do copista, que não consigo entender…”
O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo declara em Lucas 24:27,44 e João 5:39. Considerando Cristo como o tema central da Bíblia, os 66 livros poderão ficar resumidos em 5 palavras, todas referente a Cristo, assim:
· PREPARAÇÃO – Todo o Antigo Testamento trata da preparação para o advento de Cristo.
· MANIFESTAÇÃO – Os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo ao mundo, como Redentor.
· PROPAGAÇÃO – Os Atos dos Apóstolos tratam da propagação de Cristo por meio da Igreja.
· EXPLANAÇÃO: As Epístolas tratam da explanação de Cristo. São os detalhes da doutrina.
· CONSUMAÇÃO: O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as coisas – C. I. Scofield .
· Tendo Cristo como o tema central da Bíblia, podemos resumir todo o Antigo Testamento numa frase: JESUS VIRÁ, e o Novo Testamento noutra frase: JESUS JÁ VEIO (é claro, como Redentor).
· Assim sendo, as Escrituras sem a pessoa de Jesus seriam como a física sem a matéria e a matemático sem os números.
Texto corrigido em 05/2009 por S.F.