PAIS & FILHOS

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” – Gênesis 2:24.
por Vilson Ferro Martins – www.vozdotrono.com.br

Tempos atrás eu e minha esposa estávamos ministrando um grupo de casais. Quando terminou a ministração um jovem pai disse que estava enfrentando um dilema em seu casamento e que começara com o nascimento de sua filhinha. Como o trabalho dele demandava viajar, disse ele que o que mais tomava sua mente enquanto estava fora era a filha. As ligações para casa eram para saber da filha e quando chegava a sua casa o tempo era todo devotado para a criança – deixando a esposa de lado; então, ele se apercebeu que tal comportamento estava errado, tanto, que nos procurou para falar sobre o assunto.

Assim, nas próximas mensagens estaremos tratando deste assunto que tem tumultuado muitos casamentos – que é o excesso de apego aos filhos em detrimento ao cônjuge. Muitos casamentos estão sendo abalados em sua estrutura porque um dos pais “resolveu” se apegar mais ao filho ou a filha do que o próprio cônjuge.

É maravilhoso notar que a santa e imutável Palavra de Deus já adverte aos casais que o APEGO deve-se dar primariamente entre os cônjuges. Este apego Deus o chama de ALIANÇA – e é bom saber que ALIANÇA de matrimônio só se dá de cônjuge para cônjuge e JAMAIS de pai ou mãe para filhos ou filhas. Não praticando isso, princípio está sendo quebrado e o resultado será altamente destruidor para todos.

É bom igualmente salientar que algo é tão precioso e sério para Deus na medida em que Ele faz questão de verbalizar pelo Pai, depois pelo Filho e depois pelo Santo Espírito. Ora, algo que é dito pelas três pessoas da trindade é porque é muito sério e deve ser levado em conta a qualquer custo.

1) Pelo Pai em Gênesis 2:24: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”.

2) Pelo Filho em Mateus 19:6 e Marcos 10:8: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.

3) Pelo Espírito Santo em Efésios 5:31: “Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne”.

Sendo assim, inverter os papéis de apego aos filhos mais do que do cônjuge fatalmente proporcionará implosão do relacionamento. Deus adverte dando-nos instrução de que o marido deve amar a esposa e a esposa respeitar o marido; e ambos, criar os filhos na admoestação do Senhor.

O Salmo 127:3 o salmista Davi nos brinda com uma poesia celestial quando diz: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta”.

Assim fica mais fácil entender esta bela poesia de Khalil Gibran:

Uma mulher que carregava um bebê no colo disse:
Fale sobre crianças para nós.
E ele falou:
Seus filhos não são seus filhos.
São os filhos e filhas do anseio da Vida por si mesma.
Eles vêm através de você, mas não de você.
E embora estejam com você, todavia, não lhe pertencem.
Você pode dar-lhes seu amor, mas não seus pensamentos,
Pois eles têm seus próprios pensamentos,
Você pode abrigar seus corpos, mas não suas almas,
Pois suas almas habitam na casa do amanhã, que você não pode visitar, nem sequer em sonhos.
Você pode esforçar-se para ser como eles, mas não busque moldá-los à sua semelhança.
Pois a vida não volta a trás nem permanece no ontem.
Você é o arco que arremessa seus filhos como setas vivas.
O arqueiro vê a marca no caminho do infinito, e Ele curva você com sua força, para que suas flechas possam voar rápidas e cobrir distâncias.
Que sua curvatura às mãos do arqueiro seja de alegria;
Pois, como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.

Também Jo Coudert escreveu:

Quando alguém é privado de sua auto-estima fica também carente da única coisa que torna a pessoa digna de ser amada.
Para nosso próprio beneficio, mesmo que não haja razão, é preciso esforçar-nos para criar auto-estima na outra pessoa.
Confirmá-la em lugar de atacá-la. Isto não é alcançado através de elogios, mas de uma apreciação generosa dos pontos positivos da outra e omissão generosa de suas fraquezas, falando de seus pontos bons e tão raramente quanto possível dos maus.
As pessoas que são boas uma para a outra, tornam boa uma à outra.

Ou seja, torna-se praticamente impossível a convivência matrimonial caso um dos cônjuges não se sinta valorizado no relacionamento. Isso o fará sentir-se sem valor, abrindo brechas para que o inimigo venha potencializar isso em sua vida trazendo roubo, morte e destruição nesse lar.

“A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe” – Provérbios 29:15.

Novamente temos uma brilhante instrução divina para os pais sobre os filhos e se os mesmos não levarem em conta serão segundo a Palavra envergonhados pelas ações de seus próprios filhos, portanto, os filhos NÃO devem mesmo crescer entregues a si mesmos. Repreensão e vara dão sabedoria e limites, para que mais tarde saibam respeitar pessoas, autoridades e logicamente – limites.

Entretanto, quando o filho é excessivamente paparicado por um dos cônjuges e o outro cônjuge deixado de lado, tal conjuge começa se sentir inútil na relação e julgando-se “ser ninguém”  contribuirá pouco para a vida como um todo, pois, deixará primariamente de exercer a autoridade que lhe foi conferida por Deus ali mesmo em seu lar.

Aliás, um sentimento assim pode ser extremamente potencializado na vida de uma pessoa que desde cedo sofreu com sentimentos de inferioridade. Após casar-se acredita que tais sentimentos não mais o assaltarão, entretanto, quando se vê ser trocado em prioridade de relacionamento com o filho ou a filha… isso pode acarretar sérias e terríveis complicações.

É preciso lembrar que “sentimentos” nos acompanham desde que passamos a possuir cognição (ato de adquirir conhecimento) e são muito fortes. Eles não nos deixam quando crescemos, ou casamos ou aceitamos Jesus como nosso Salvador. Não deixamos de ser nós mesmos e tampouco perdemos nossa personalidade. Pelo contrário, Deus deseja que nossas aptidões estejam subservientes ao Seu dispor para nos usar segundo Sua boa vontade. E…isso geralmente se acentua na vida familiar. Eis porque Deus diz em Sua Palavra: “Quem não é apto para manter sua família, não é apto para se envolver com ministérios” – (1 Timóteo 3:5).

Suposições ERRADAS e altamente nocivas para um relacionamento matrimonial, tratados no livro abaixo citado:

1) O relacionamento pai-filho tem prioridade sobre o relacionamento marido-mulher;

2) A criança ter o direito de ser o centro das atenções;

3) A criança deve ser empurrada o mais rapidamente possível para o desempenho de papéis mais amadurecidos.

Sobre a primeira suposição, o Dr. Alfred A. Nesser, da Escola de Medicina da Universidade de Emory (EUA), adverte contra os lares orientados no sentido da criança: “O elemento mais significativo na dissolução de casamentos duradouros talvez seja uma conseqüência de viver no século da criança”, diz ele.

Os relacionamentos pais-filhos têm sido enfatizados de tal forma por várias décadas que, por causa da criança, as prioridades marido-mulher são às vezes postas de lado com muita facilidade. Depois da chegada do primeiro filho, um verdadeiro teste tem lugar. É comum ouvir casais que alegam não terem enfrentado maiores problemas de relacionamentos antes do primeiro filho.

Irá a mãe roubar ao marido tempo e amor por causa do filho, ou continuará dando ao marido a prioridade?

Nas palavras de um marido: “Eu tinha uma excelente esposa até que nosso primeiro filho nascesse. Depois, ela tornou-se mais mãe do que companheira”. É bom levar em consideração que igualmente se percebe o mesmo em relação ao homem que dispensa excessivo cuidado para com o filho/filha em detrimento a esposa.

É fundamental trazermos a lembrança que o casamento é permanente – até que a morte os separe – enquanto que a paternidade é passageira – até que os filhos adquiram independência e se vão. Desde que o casamento começa e termina com duas pessoas, a preocupação maior é manter o relacionamento conjugal da melhor maneira possível. Quando tal ocorre, o relacionamento com a criança tende a desenvolver-se de maneira satisfatória. A criança de hoje será excelente pai ou mãe amanhã, além de cidadão exemplar.

Louis M. Terman escreve: “Se a mulher não amar mais o marido do que os filhos, tanto os filhos como o casamento estão em perigo”. Seria oportuno dizer que tal citação igualmente se aplica ao marido. “Se o mesmo não amar a esposa mais do que os filhos, casamento e filhos estão em perigo”. Quando o marido tem a certeza de que o amor da esposa não diminui, ele no geral se dispõe a ajudar nos cuidados com os filhos e fazer a sua parte nos trabalhos domésticos.

Nada é mais importante para a felicidade de uma criança , assim como para seu sentido de significado do que O AMOR dos pais UM PELO OUTRO. Não existe nada de melhor para dar ao filho um sentido de significado do que permitir que observe e sinta a proximidade e dedicação de seu pai e de sua mãe.

Os pais devem investir mais tempo com seus filhos e esforçar-se mais para o desenvolvimento de suas personalidades e relacionamentos. Se os pais estiverem felizes, esta felicidade é transmitida à criança – assim como as intrigas transmitem negatividade à criança. A criança se sentindo feliz porque seus pais estão e são felizes resultará em bom comportamento e principalmente dará sentido de valor pessoal aos mesmos. É comprovado nas escolas que filhos de pais que se amam e externam esse amor são mais bem sucedidos e isso não é questão de QI, mas reflexo do ambiente em que vivem.

Portanto, os pais devem mostrar afeição e amor UM PELO OUTRO na frente dos filhos. Também é importante os filhos diferenciarem o tratamento entre os membros da família, assim, o pai deve chamar a esposa pelo nome e não de “Mãe”. A mãe deve chamar o esposo pelo nome e não de “Pai”. Essa nomenclatura pertence aos filhos e eles devem utilizá-la.

Os pais devem investir tempo e esforço extra se necessário for para cultivar o relacionamento conjugal/matrimonial – como marido e mulher. Quando os pais enriquecem sua vida conjugal, estão ao mesmo tempo enriquecendo a vida dos filhos e eles sentem isso.

“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” – Provérbios 22:6.

Na mensagem anterior ficou evidente que os filhos se tornam reflexo dos pais, portanto, quem prima por filhos abençoados, educados, vitoriosos, respeitadores, prudentes, futuros cidadãos, pais e pessoas que marcarão sua geração – deve acima de tudo externar o amor entre marido e esposa – marcando assim a vida de seus filhos. Engana-se quem pensa que mergulhando num amor excessivo para com os filhos, ao mesmo tempo deteriorando o relacionamento conjugal – que isso acabará bem. Pelo contrário, acabará muito mal.

Agora trataremos da segunda suposição: A falsa suposição de que a criança tem o direito de ser o centro das atenções.

Uma criança que não possui ou desconhece limites, não exercerá respeito para com ninguém e com nada. E a culpa será mais dos pais do que dele, afinal, se não aprendeu, como colocará em prática? A vida ensina, é verdade, mas o preço é altíssimo!

Ora, se tudo é feito para beneficiar os desejos da criança, certamente o resultado será crianças EGOCÊNTRICAS. E crianças egocêntricas quando não conseguem o que desejam, reagem com rebeldia – inúmeras formas de rebeldia – até mesmo fugir de casa para forçar os pais prostrarem-se diante de suas exigências. Crianças assim aprendem o “O que posso ganhar” ao invés de aprenderem “O que posso dar”. Isso torna-se um estilo de vida. Aliás, não estamos cercados de pessoas adultas com tal estilo? Gostam de levar vantagem em tudo? E onde aprenderam este estilo de vida?

“Quase todos nós queremos o amor de nossos filhos acima de tudo e sentimos que isso representa uma prova de que estamos sendo bons pais” afirma Jean Laird. No passado, a maioria dos pais desejava principalmente respeito por parte dos filhos, o que tornava as coisas bem mais fáceis. Eles não temiam desagradar momentaneamente os filhos ao reforçar a disciplina. Hoje, um número diminuto de crianças sabem o que significa “disciplina” – reflexo de pais que não a tiveram e, consequentemente não a aplicam.

Uma revolução psicológica está acontecendo nos lares. Os pais sentem o peso de uma responsabilidade que provoca neles um sentimento de culpa. Tomaram conhecimento do relacionamento emocional complexo que existe entre pais e filhos e estão pensando em termos de causa e efeito psicológicos. Somos levados a crer que tudo que falamos ou fazemos em relação aos filhos terá um efeito duradouro – para o bem ou para o mal. (Provérbios 18:21).

Como resultado, muitos se tornam constrangidos, embaraçados, temerosos, displicentes a ponto de trocar o principal pelo trivial, ou seja, quando filhos merecem disciplina, lhes oferecem barganha. A geração de pais assim, tratados como “pais paralisados” vão perdendo autoridade de pais ao mesmo tempo em que entregam as rédeas nas mãos dos filhos. Basta um olhar mais reflexivo para a sociedade para percebermos isso cada dia se acentuando mais.

As crianças NÃO devem ser o centro, o ponto focal da família. O centro correto, fundamental, o alicerce é e sempre será o relacionamento marido-esposa – estabelecido por Deus em Sua Palavra. (Efésios 5).

Inverta princípios estabelecidos na Palavra de Deus e teremos problemas exponenciais. Desencaminhar uma geração é a coisa mais fácil que pode acontecer, entretanto, colocada de volta às veredas antigas é trabalho mui penoso.

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” – (Efésios 5:25).

“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia” – 1 Timóteo 3:1,4).

Na mensagem anterior foi tratado sobre “a criança NÃO deve ser o centro das atenções no lar”. Parece até que estamos falando sobre o comportamento das crianças, todavia, estamos mesmo é falando sobre o comportamento dos pais, afinal, nas Sagradas Escrituras são elencados princípios que se colocado em prática nos lares tornará a família como um oásis de paz, um tipo de Éden em meio a essa terra carcomida pelo pecado. Todavia se tais princípios forem ignorados, não somente de imediato os pais já sofrerão pela conduta rebelde de seus filhos, como o pior – o “germe” da próxima geração já estará altamente comprometida. Portanto, atenção senhores pais, vós sois o arco que impulsionará suas flechas e que alvo as destinará? (Salmo 127).

Voltemos a tratar da ultima das três suposições e esta se identifica com a falsa suposição de que a criança deve ser empurrada o mais rapidamente possível para o desempenho de papéis mais amadurecidos.

Infelizmente encontramos pela vida afora crianças que possuem tempo para tudo, menos para si. Eles tem horário para isso, para aquilo, para aquiloutro. São verdadeiros “homenzinhos de negócios” de tão “tabulado” que são seus horários. Eles possuem conhecimento (pelo menos assim pensam seus pais) sobre música, línguas, esportes, etc., todavia, não possuem conhecimento sobre seus pais. Os momentos de lazer que deveriam estar junto aos pais, são trocados por presentes – as vezes caríssimos. Tudo para seus pais se sintam “menos culpados” por serem tão ausentes.

Possuo uma reportagem sobre o assunto aqui mesmo de minha cidade, escrita pela jornalista *Erika Pelegrino que diz entre outras coisas o seguinte: “Uma pedagoga, proprietária de uma creche, afirmou que muitos pais buscam os filhos nove e meia da noite, alimentados e de banho tomado e levam de volta às 7 horas”, conta. Agora essa creche vai abrir aos finais de semana porque querem viajar e não têm onde deixar os filhos.” Pasmem, os pais afirmaram que não possuíam tempo para si mesmos e que nos finais de semana ou feriado os filhos concorriam com tempo deles. Uma responsável disse que não era incomum pais buscarem seus filhos horas a fio após o término do horário.

É uma dificuldade grande por parte dos pais em permitir que as criança sejam crianças. E a cada dia percebe-se que isto se acentua cada vez mais. Há um apelo para um viver de acordo com o status e pouquíssimos se sujeitam a viver uma vida mais simples porque encontraram de fato o verdadeiro tesouro. A ostentação está em alta.

Em contrapartida os pais cumulam os filhos de brinquedos, entretanto, os brinquedos escolhidos são mais do gosto dos pais do que propriamente dos filhos. Crianças ganham brinquedos que são totalmente incompatíveis com suas idades. Pais preparam uma super festa para assuntos de não tanta importância, como por exemplo, todo um cerimonial para receber um diploma de “jardim da infância”. Um menininho declarou: “Tirei o diploma e ainda nem sei ler”. Nada contra o diploma, nem contra a escolinha, todavia, para as crianças valem mais as brincadeiras de rolar no tapete de casa do que uma caixa cheia de diplomas ou fotos.

Há pais (pai ou mãe) que exercem um verdadeiro fascínio pelos filhos por que no fundo querem realizar-se através dos mesmos. Desejam que os filhos experimentem e obtenham coisas que foram negadas a eles. Os filhos se tornam a projeção do seu ego. Quanto maior o ego, tanto mais o filho será objeto dele, já que o cônjuge não será objeto de tal projeção.

Pais que assim agem se esquecem que ao forçar seus filhos a desempenhos prematuros, resultarão sentimentos de frustração e incompetência.

Seria incomum por exemplo, uma criança se achar “burra” porque não consegue aprender “tocar violino” que tanto os pais desejam que toque?

Num mundo competitivo as três áreas que mais se espera que os filhos excedam são: Beleza – Inteligência – Bens materiais. Assim, a criança é constantemente pressionada para igualar-se, ser superior ou exceder nessas coisas em lugar de ser ela mesma. Assim, possivelmente será uma criança prejudicada, que resultará num adolescente prejudicado, um jovem prejudicado e por fim um adulto prejudicado constituindo uma família (ou famílias) prejudicadas.

Os sentimentos de inferioridade que vão surgindo a medida que grande esforço para alcançar a superioridade é desprendido, se desenvolvem rapidamente.

Quantos pais se colocam diante do Senhor e clamam para que Ele os ensine a ensinar seus filhos e a direcioná-los na direção certa? Quantos possuem a atitude de Manoá e sua esposa? Quando ele soube que sua esposa se encontrava grávida, orou: “Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer” – Juízes 13:8.

O sucesso dos filhos dependem do sucesso dos pais, no relacionamento de ambos no lar como marido e mulher!

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” – Deuteronômio 6:6-7.

Bem,

Fechando esta série de mensagens – que certamente poderíamos escrever muito mais sobre o assunto – vamos apresentar algumas considerações que poderão ajudar na solidificação de um lar cristão.

1) A atitude dos pais em relação a eles mesmos é básica e irá afetar a auto-estima de seus filhos. Se os pais tiverem dignidade e valor, certamente isso será “automaticamente” transmitido aos filhos e aos filhos dos filhos.

2) É sensato dar tarefas aos filhos a medida que os mesmos tenham idade para realizá-las, como por exemplo ajudar na ordem da casa. Crescer é ser necessário. Eles precisam aprender o “deixa que eu faço” bem cedo, caso contrário, até tarefas necessárias como escovar dentes; tomar banho será um suplício. Geralmente os pais sofrem a tentação de “afastar” a criança de tarefas fazendo eles mesmos, todavia, essa é ótima oportunidade para ensiná-los. As crianças gostam de ajudar, gostam de se sentir úteis e também precisam de experiências significativas exercitando assim a responsabilidade. Se os pais são hiper-protetores, quando irão “crescer”?

3) Desenvolva o senso de dignidade nos filhos. Dignidade, não indignidade!

4) Passe tempo com os filhos, porém, nunca tempo demais para gerar desconforto com o cônjuge. Lembre-se que manter-se UNIDO ao cônjuge, inclusive (fundamentalmente) “fazendo a tarefa de casa”, pois, é DOUTRINA Bíblica encontrada em 1 Coríntios 7:5 “Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência”.

Não vos priveis UM do OUTRO, ou seja, marido e mulher. Podemos nos privar dos filhos, dos amigos, dos familiares, etc., mas, jamais nos privar de nosso cônjuge. Filhos não substituem o relacionamento conjugal. Aliás,  já notaram um número alarmante de casais que se separam depois de 20, 25 anos de casados? Pois é! O problema é que um cônjuge se priva do outro transferindo toda afetividade para os filhos, entretanto, não se dão conta de que a medida que isso acontece, também UM MURO vai sendo construído ao redor de si. Assim que os filhos crescem e se vão, ambos os cônjuges não conseguem “se enxergar mais”. Resultado, o fracasso de mais uma família destroçada pelo divórcio. Alerta! Seu cônjuge não é seu irmão, nem sua irmã, mas uma só carne contigo!

5) Importe-se o bastante para “ouvir”, mas, seja igualmente prudente no “falar”. Existem cônjuges intolerantes para ouvir, porque igualmente há cônjuges que falam demais. Geralmente o que provoca irritação entre os cônjuges não é o que é dito, mas sim, da maneira como é dito. Palavras ásperas produzem desapontamentos, que aliás, quase sempre ninguém pede perdão pelos mesmos. Os tais vão se somando até que um dia “explode”.

6) Sejam solícitos em se perdoar. Lembrem-se que “pedir perdão” é uma questão de atitude e não de sentimento. Se formos esperar para “sentir” a vontade de perdoar, podemos esquecer, pois, isso dificilmente acontecerá.

Os olhos dos filhos que contemplam discussões devem igualmente contemplar pedidos de perdão!

7) Orem juntos! A maior expressão de intimidade em um casal é ORAREM JUNTOS. Isto também é algo que os filhos devem presenciar e também participar. Quando lemos a biografia dos grandes homens de Deus, praticamente todos tem algo em comum – seus pais desde a mais tenra infância lhes ensinavam as Escrituras Sagradas.

Por fim, um casal que estabelece Deus como prioridade em suas vidas e em seu lar estará se colocando nas mãos do Todo-poderoso. Será chamado de bem-aventurado, pois, teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Ele comerá do trabalho das suas mãos; feliz será e irá bem naquilo que empreender. A sua mulher será como a videira frutífera em sua casa, e seus filhos como plantas de oliveira à roda de sua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. Ele verá os filhos de seus filhos. Aleluia!

Amém e amém!

Livro: Sete Necessidades Básicas da Criança – John M. Drescher – Ed. Mundo Cristão.
por Vilson Ferro Martins – Junho/2011.

Deus se importa

Uma palavra abençoadora para seu coração?

Extraído: A Viagem do Outro Cristão. Francis J.Roberts. Ed.A.D.Santos

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