“Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos” – 2 Timóteo 3:2.
Por Vilson Ferro Martins – www.vozdotrono.com.br
((Importante que a mensagem seja lida na íntegra para que seja compreendida))!
É bem possível que muitos ao lerem esta mensagem sejam atraídas pelo título da mesma, entretanto, não é propósito nosso apresenta-la como uma “fórmula” para corrigir como “num estalar de dedos” possíveis distorções que ao longo do tempo vão se somando nos lares e como resultado se colha numa expressiva medida a rebeldia dos filhos. Portanto, a luz da Palavra de Deus será apontada prováveis causas que se houver empenho e disposição por parte dos pais, o Deus do impossível entra em cena e promove tremenda restauração, colocando por terra toda rebeldia. Ele é perito nisso, pois, desde a primeira rebelião Ele cuidou com maestria, poder e autoridade.
O primeiro ponto a ser exposto é o que se encontra registrado no primeiro versículo de 2 Timóteo 3, que diz: “SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”. Ora, os tempos trabalhosos em que a Bíblia fala marcará (ou estão marcando) os “últimos dias”, então, é possível se antenar para o tempo em que estamos vivendo e a luz do que a Palavra diz conferir verdade com verdade e se posicionar. Também é oportuno atentar que, dentre as situações alistadas que marcariam os últimos dias, figura a “DESOBEDIENCIA AOS PAIS E MÃES”. Leia-se “rebeldia”!
Li em algum lugar algo mais ou menos assim, que “a cada geração que passa a sociedade “desce” um degrau na moral, ética e bons costumes”.
Trata-se de uma questão de valores que OU são transmitidos pelos pais aos filhos OU são sufocados pelos mesmos. Nossos avós sempre que encontravam seus pais diziam “benção pai – benção mãe”. Isso raramente se ouve nos dias atuais e até parece quadrado aos ouvidos ouvir isso, enquanto que “fala véio”, “e daí cara”, “fala coroa” e tratamentos semelhantes parecem soar como normais… Constatamos muita luz sendo lançada sobre a questão logo no início do segundo versículo de 2 Timóteo 3. Lá diz: “Porque haverá homens amantes de si mesmos…”.
Falemos um pouco sobre isso!
Homens amantes de si mesmos refletem uma sociedade preocupada em primeiro lugar consigo mesma, logo, uma sociedade que QUEBRA de cara o segundo principal mandamento bíblico que é “amar o próximo como a si mesmo” – (Mateus 22:39). Se o amor não ocupa seu espaço, por quem ou o que está ocupando tal espaço?
Esta sociedade é rica, portanto, apta sempre a dar presentes a seus filhos, mas, não “estar presente” na vida de seus filhos. Correm e correm o dia todo e por se ocuparem demais nas tarefas terrenas, o que obviamente lhes consome o tempo, então, criam uma rotina semelhante para seus filhos, de maneira que sobre os mesmos desde muito pequeninos pesa uma agenda de dar inveja a qualquer executivo. Infelizmente os filhos vão crescendo como “funcionários” de uma “empresa”, ao invés de filhos como “herança do Senhor”. (Salmo 128).
O diabo fez uma jogada de mestre quando fomentou que a mulher devia possuir direitos iguais; aliás, outra quebra de princípios bíblicos pré-estabelecidos em Gênesis 3:16. Assim, a dinâmica se desenha da seguinte maneira: Se a situação financeira do pais está ruim, a mulher TEM QUE trabalhar para ajudar o marido. Se a situação é boa – a mulher TEM QUE trabalhar para ocupar seu espaço e conquistar e conquistar, afinal, “elas” não podem ficar para trás. Não pensemos que não pagaríamos o preço por isso!
Ao longo do tempo vai se percebendo um desequilíbrio no meio familiar, pois, os filhos ao invés de receber o carinho da mãe logo pela manhã, o que recebem são as ”tias” que já os esperam nos portões das creches e escolinhas. Assim, não são raro os momentos de cortar o coração onde se contemplam lágrimas escorrendo pela face daqueles anjinhos que sem entender nada do que está acontecendo veem seus pais indo embora sabe-se lá para onde depois de lhes dar um beijinho. Ali passarão o dia todo acompanhado por pessoas que não os geraram, que não os desejaram, não os amam como carne de sua carne… por mais profissionais que sejam… nunca passarão de profissionais ou bons profissionais…
Agora pensemos por um momento: O que estará ocorrendo na alma e na personalidade de uma criança dessas SE o tempo em que passarem com os pais não for de TANTA QUALIDADE que supere todo esse trauma que dia a dia vai se somando?
Para se ter uma ideia, pasme os senhores, recentemente li uma reportagem no jornal local onde a diretora de uma escolinha (de pessoas mais abastadas) ficou atônita quando foi procurada por pais que sugeriram que a escola abrisse também aos finais de semana. Segundo ela os pais querem mais folga, afinal, estão tão atarefados durante a semana e os filhos (ainda que não dito claramente) atrapalham seu sossego e lazer. Ora, se isso acontece numa cidade do interior com pouco mais de 500 mil habitantes, como será numa capital onde tudo é mais difícil?
Entretanto, tenho certeza disso, que entre eles se encontram mães que se ocupam tanto em passar longas horas num salão de beleza, mas, não conseguem ficar uma hora junto aos filhos; e pais, que passam longas horas diante de alguma forma de entretenimento, mas, não passam tempo com qualidade junto aos seus OU que saem para passear com seu cão de estimação, mas, dificilmente levam os filhos na sorveteria da esquina.
Então, quando chega no dia do aniversário ou dia das crianças ou natal e datas comemorativas lhes dão presentes, como se bastasse para suprir a ausência da afetividade que ao longo dos dias vai se somando e o tremendo estrago que vão proporcionando na vida dos mesmos. Filhos querem pais presentes e não apenas “presentes dos pais”!
O resultado futuro? Provavelmente rebeldia em todas suas formas de ser e aparecer!
“Na verdade o rebelde não busca senão o mal; afinal, um mensageiro cruel será enviado contra ele” – Provérbios 17:11.
Outra situação que se presencia ir desenrolando ao longo do tempo é o fato de pais e mães que se separam (se divorciam, casam-se novamente, etc.). Isto igualmente é resultado (salvo raras exceções) de pessoas “amantes de si mesmas”. São pessoas que, talvez, até por desconhecimento bíblico mais profundo colocam sua (própria) vontade e decisão acima dos interesses de Deus e de uma família que eles mesmos constituíram. (Não escrevo isso para acusar, mas para que seja lançada luz sobre a questão e possibilite uma tomada de posição diante de Deus e das circunstancias, pois, como diz a Palavra:) “Considerei os meus caminhos, e voltei os meus pés para os teus testemunhos. Apressei-me, e não me detive, a observar os teus mandamentos” – (Salmos 119:59-60).
Não são raros os casos em que por situações não tão trágicas houve o rompimento do matrimônio e os filhos Ou ficam com o pai OU ficam com a mãe. O resultado não poderia ser diferente, pois, igualmente trata-se de uma clara desobediência a Palavra de Deus, logo, ao passar dos dias os “frutos” (os resultados) aparecerão. As meninas se tornam rebeldes com as mães e os meninos rebeldes com os pais. Pais “rebeldes” ao Senhor produzem filhos rebeldes…
Se o propósito de Deus é que um homem e uma mulher unam-se em matrimônio e que ambos tenham filhos e os criem na doutrina e na admoestação do Senhor (Salmo 128 – Efésios 6:4) e tais ordenanças são desconsideradas, não pensem os mesmos (os pais) que não enfrentarão consequências. Semelhantemente não pensem que visitas de final de semana suprirão todas as carências que houver.
Alguém pode dizer: Mas, esse é meu caso, então, não tem jeito? Sim, muito joelho no chão e muita oração para que o inimigo não venha cirandar com a vida da família. Se uma família – vamos chamá-la de “normal”- já é difícil, imaginemos uma família onde pode haver filhos dele do primeiro casamento, como filhos dela do primeiro casamento e com filhos deles neste novo relacionamento? Sem dúvida a carga será bem maior, logo, o investimento em oração, admoestação, paciência, amor, perseverança e domínio próprio deverão ser exponencialmente maior, caso contrário a rebeldia poderá se instalar…
Famílias cujos filhos estão misturados por motivos de casamentos e relacionamentos anteriores podem sofrer, pois, os pais tendem a ser parciais com seus filhos verdadeiros em detrimento aos filhos do cônjuge.
Um alerta, quem está pensando em se enveredar por um relacionamento/casamento assim deve pesar as possibilidades e orar muito ao Senhor, afinal, não se casa apenas com o cônjuge, mas com TUDO que o cônjuge possui…
Ah! Outro lembrete: Que fique bem claro que Diante de Deus quem recebe um “enteado” ou “enteada” o (a) recebe na qualidade de filho (a) e possui sobre ele ou ela a mesma responsabilidade de pai ou mãe. Serão cobrados tanto quanto. Quer respaldo bíblico? José nunca foi pai de Jesus, no entanto, agiu como tal e tratou dele como se fosse seu filho até que Ele seguisse seu caminho. (Lucas 2:48).
Talvez alguém ainda diga mais: “Mas isso não procede, pois, e em casos de viuvez”? A Bíblia responde: Em caso de viuvez geralmente o homem casa-se novamente (1 Coríntios 7:8-9) e no caso da mulher, caso opte por ficar só, Deus de antemão já diz que se torna seu marido, conforme Isaías 54:4.
O projeto família nasceu no coração de Deus, logo, Ele sabe como ninguém tratar de cada caso que encontre respaldo em Sua Palavra! Ele vela pela mesma para a cumprir e levanta-se do Seu trono como PAI dos órfãos e das viúvas. (Jeremias 1:12 – Salmo 68:5).
Assim, é oportuno que os pais façam um exame sincero a fim de constatar se de alguma forma não estão falhando no processo familiar divino de tal forma que possibilite base legal para que o inimigo de nossas almas instale a rebeldia e ela se manifeste em seu lar, na vida dos seus. Ainda que a Palavra afirme que a “rebeldia para com pais e mães” marcará os últimos dias, não significa que tenhamos que aceita-la como coisa normal, em o Nome do Senhor Jesus.
“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria” – I Samuel 15:23a.
A rebeldia é normal, afinal, “nessa fase” (adolescência e inicio de juventude) meninos e meninas passam por mudanças em todos os sentidos (hormonais, físicas, emocionais, etc.), portanto, é normal encontrar alguns mais e outros menos rebeldes!
NÃO! Rebeldia não é normal, nunca foi e nunca será!
Aliás, é de cair o queixo, como se diz por ai, que um canal de TV – que posa de evangélico – tenha feito apologia a rebeldia numa de suas novelas. É o fim do mundo mesmo!
Rebeldia é pecado, rebeldia destrói, aniquila, desonra e afasta as pessoas de Deus. Não devemos nos esquecer de que a “rebelião” nasceu – se é que assim podemos dizer – no “coração” de Lúcifer. No âmago de seu ser, mesmo em pura santidade ele se rebelou contra Deus e em seu coração se achou iniquidade e como resultado ele se tornou satanás, o diabo. (Ezequiel 28).
A Bíblia diz que a criança já possui estultícia ligada ao seu coração e que é preciso disciplina para corrigir tal desvio! (Provérbios 22:15). Logo, se a criança não é disciplinada no momento certo seguirá avolumando a estultícia, manhas, pirraças e gerando a rebeldia!
A Bíblia fala em João 8:44 que o diabo é o “pai da mentira”, porque “quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira”. Jesus foi mais longe e afirmou que há “filhos do diabo” porque procuram satisfazer seus desejos (os desejos do diabo): “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira”. Igualmente a luz da Palavra pode-se afirmar que ele – o diabo – também é o pai da rebeldia. Logo, quando se fala em rebeldia está se falando de algo que ele (satanás) entende muito bem e que dele procede. E quando se “aceita” a rebeldia como algo normal, está de certa forma aceitando algo que provém dele – do diabo…
Quando se diz “aceita” isso é muito abrangente. É sabido que muitos pais cristãos velam pelas almas de suas crianças, no entanto, quando entre familiares ocorre uma verdadeira depredação nos conceitos éticos, morais e cristãos. Aqueles que deveriam dar exemplo muitas vezes sugerem as crianças que façam coisas ou digam coisas que denigrem que mancham, que maculam aquilo que a duras penas está sendo ministrado pelos pais. Há muitas vovós e vovos, tios, tias, primos, primas, e pessoas do círculo familiar que precisam se render a Cristo!
Não esquecendo que ele (satanás) empreende esforços para roubar, matar e destruir. (João 10:10). Com tanto custo ensinamos nossas criancinhas a dar um beijinho, mandar um beijinho e coisas que demonstram ternura e amor, no entanto, nunca precisaremos lhes ensinar a dar tapas, a se irritarem, a fazer birra, etc., pois, já é nato a natureza pecaminosa.
NÃO se trata portanto simplesmente de uma fase ou período da vida de alguém. Trata-se de algo espiritual e que deve ser combatido na mesma dimensão e desde muito cedo!
“A ideia de que Deus perdoará o rebelde que não desistiu de sua rebelião é contrária tanto à Escritura quanto ao bom senso”.
A.W.Tozer
“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” – Efésios 6:12.
Constata-se biblicamente que a rebeldia é de ordem espiritual, portanto…
Como combater a rebeldia?
Novamente devemos nos voltar para a Bíblia Sagrada!
Logo em Malaquias 4:6 o Senhor nos orienta: “E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”.
Não por acaso a posição entre pais e filhos parece contraditória no texto, mas não está. A proposta do Senhor é converter o coração dos pais aos filhos para DEPOIS converter o coração dos filhos aos pais. Aliás, convém que se diga que neste texto expressa-se novamente os “últimos dias”, pois, assim escrito está: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha [o grande e terrível dia do Senhor]; E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. (Malaquias 4:5-6). Logo, se nos últimos dias Deus avisa que haverá “rebeldia de filhos contra seus pais”, por outro lado, também Deus aponta como resolver a questão da rebeldia “converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais”. Aleluia!
Por que o coração dos pais precisa primeiramente se converter aos filhos?
Primeiro podemos apostar que Deus jamais erra, portanto, quando afirma que devemos INCULCAR a Palavra em nossos filhos, conforme Deuteronômio 6:6-7; é porque ela (A Palavra) produzirá vida neles e os farão crescer em estatura, conhecimento e GRAÇA, assim, percebemos que ao passar dos anos esta ordenança está sendo amplamente negligenciada por um lado, entretanto, por outro, o diabo, tem se tornado especialista em criar mecanismos através de seus ministros para inculcar toda desgraça na mente e corações das crianças.
Mas, o Senhor está ORDENANDO em Deuteronômio 6:6-7: “Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te”.
Notemos a sequencia – primeiro no “meu” coração para depois estar no coração do meu filho… Primeiro no “meu”, depois EU DEVO INCULCÁ-LA nos meus descendentes diretos… A fissura produzida pela negligência desta ordenança fatalmente produz (irá) rebeldia.
A definição da palavra “inculcar” no original hebraico: (sanan) raiz primitiva; aguçar, picar, sentir picadas, comover-se, intimar, ensinar, inculcar, afiar. Verbo que significa afiar, apontar. Esta palavra é usada em três raízes básicas. Em seu sentido simples de afiar, ela pode ser usada para indicar a amoladura de uma espada. No contexto, ela se refere à ação de Deus de afiar sua espada de juízo (Deuteronômio 34:41). Além disso, ela pode ser usada em referência a flechas agudas (Salmos 45:5; Isaías 5:28). Figuradamente, este verbo pode ser usado para denotar palavras agudas que uma pessoa pronuncia a fim de ferir outra (Salmos 64:3; 140:3). Na forma intensiva do verbo [uma das quatro formas do tempo presente no hebraico], ele significa ensinar incisivamente (Deuteronômio 6:7). A ideia aqui é a de que, assim como as palavras eram gravadas em tábuas de pedra com um objeto agudo, da mesma forma a Lei deveria ser impressa no coração dos filhos a cada geração. (Bíblia de Estudo PALAVRAS-CHAVE, CPAD – Revista Impacto Ano 14. Ed. 71. 2012).
Os filhos darão crédito no que falamos se na medida em que crescem observam em nós o comportamento condizendo com o que lhes ensinamos. Portanto, se lhes ensinamos, por exemplo, que devem ser tementes a Deus, no entanto, NUNCA os levamos a igreja para cultuar ao Senhor, dificilmente entenderão essa discrepância. Se lhes instruímos a ler a Bíblia, no entanto, eles nunca observam os pais lendo-a, como darão credito ao que está sendo dito? Se os pais argumentam sobre o amar o próximo, no entanto, o que eles constatam é total desarmonia no lar, dificilmente aprenderão ser amáveis. O “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço” NÃO funciona com os filhos. Pode bem funcionar na sua empresa, no seu negócio, mas, não com seus filhos!
Assim, a prática da Palavra opera como um aniquilador de rebeldia. A prática da Palavra é a primeira das atitudes a se praticar para combater a rebeldia, pois, ela trabalha na raiz do problema expulsando o “espírito de rebeldia” que há (subjetivamente) contra Deus e não somente nos “efeitos”, onde, logicamente é inútil tentar trabalhar.
“Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma.
E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.
Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural;
porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era” – Tiago 1:21-24.
“BEM-AVENTURADO aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor” – Salmo 128:1-4
…Como combater a rebeldia?
Segundo, após reconhecer a negligência da primeira ordenança, clamar pelo perdão ao Senhor e em seguida pedir perdão aos filhos. É preciso converter-se ao coração dos filhos para que o processo seguinte se concretize, ou seja, o coração dos filhos se converta aos pais.
Quando ocorrer o reconhecimento da falha em praticar uma ordenança divina (lógico, se houver) e os filhos participarem de forma ativa desse reconhecimento, o que envolverá sem duvida muita conversa e muita liberação de perdão, a fissura é reparada e o passo seguinte automaticamente se completará, então, será tempo dos pais tomarem posição da autoridade divina de que estão investidos e botar para correr os espíritos malignos que promovem a rebeldia dentro de seu lar e na vida de seus filhos. Até então eles agiam porque possuíam base legal, mas, agora as bases foram destruídas e ele devem bater em retirada em o Nome do Senhor Jesus. À medida que os espíritos malignos são resistidos e deixam de exercer influência sobre as vidas, a luz do Senhor passa brilhar, a rebeldia esmorece, os vícios e práticas malignas perdem forças e a presença do Senhor se faz sentida no lar em paz e harmonia.
É preciso lembrar que a família como instituição divina é colocada como uma embaixada, cujo marido é um embaixador revestido de poder e autoridade, figurando como sacerdote e profeta do seu lar por Deus instituído e a esposa como mulher, igualmente investida de autoridade e sabedoria que edifica essa embaixada. Logicamente os filhos estarão protegidos recebendo todo cuidado do Senhor que perpassa pelo pai e pela mãe. Não foi isso exatamente que o diabo constatou (e fez questão de dizer) na vida de Jó? (Jó 1:10). “Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra”.
É preciso que os pais arvorem a bandeira do Evangelho e que jamais desistam de seus filhos, pois, há promessas vindas dos céus sobre a vida deles: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” – Atos 2:39.
É fundamental que os filhos creiam que seus dias e a prosperidade que lhes diz respeito serão diretamente proporcionais a HONRA que dispensarem para com seus pais: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” – Efésios 6:2-3.
Finalizando:
A questão geracional é algo tão importante para Deus que basta ver que Ele nos fez com a capacidade de “gerar” filhos a nossa imagem. Não somos criados por classe como os anjos, arcanjos, serafins e querubins. Deus colocou em nós a capacidade de GERAR e, portanto, nos pedirá conta disso. Cada pai e cada mãe deverá prestar contas um dia sobre a criação dos filhos até que os mesmos tenham condições de decisão própria.
Não é só colocar filhos no mundo e não se importar com o destino de suas almas. Há um céu e um inferno e, ainda que, a decisão seja pessoal, mas o temor do Senhor incutido pelos pais poderá ser determinante nessa decisão – nem que no último fôlego de vida!
Igualmente não devemos nos esquecer de que as crianças serão a próxima geração que se levantará como profissionais em todas as áreas, bem como, na área eclesiástica! Se os direcionarmos desde pequenos para o Alvo, certamente eles O encontrarão cedo ou tarde.
Veja alguns números sobre o assunto “gerações” na Bíblia. Por meio deles, é possível avaliar a importância que Deus dá para o tema:
*A palavra gerações é mencionada mais de 700 vezes nas Escrituras.
Há 1.314 passagens que falam sobre pais e filhos.
Apenas sobre o relacionamento entre pais e filhos, existem 2.208 versículos.
Sobre instruções específicas para os pais, são 1426 passagens.
Quanto ao tema de transferir o legado de uma geração a outra, são 180 partes da Bíblia.
*Fonte: “Chega de Uvas Verdes”, de Don Nori, Dynamus Editorial
Por Vilson Ferro Martins – Maio/2013