A adolescência é uma etapa de muitas mudanças, tanto no corpo como na mente. É nessa época que o jovem começa a descobrir a sua independência. Isto demonstra seu progresso rumo à maturidade. Mas nessa época, começam os conflitos de rebelião contra todo tipo de autoridade, sobretudo a dos pais.
Salomão aconselha os pais de adolescentes que orientem a seus filhos sobre a vaidade da adolescência e juventude. Para que cuidem do coração e dos olhos, pois deverão prestar contas a Deus acerca das decisões que tomam. Também sobre as conseqüências que essas decisões acarretam. Aconselha aos jovens para que se lembrem de Deus na juventude, ao invés de desenvolver a vida em vaidade (Eclesiastes 11.9 – 12.1).
EXPLICAÇÃO DO TERMO:
CRONOLÓGICA
Pré-adolescentes – de 10 a 12 anos.
Adolescentes propriamente ditos – de 13 a 16 anos.
Adolescentes jovens – de 17 a 21 anos.
CORPORAL
Está baseada em evidências físicas típicas da fase. Nesta ocasião vemos modificação da estrutura óssea, pêlos, voz, órgãos genitais etc…
SOCIAL
Neste caso é a sociedade que determina através de seus códigos e injunções quando um indivíduo deixa de ser criança e/ou entra na fase adulta. Os instrumentos sociais legitimam esta arrumação. Ex. Medicina, Direito, Educação…
PSICOLÓGICA
Analisado a partir do momento de uma busca e definição da personalidade adulta. É característica desta fase a busca pelo próprio EU. Questões sobre auto-conceito e autoconhecimento são marcantes. As diversas mudanças fazem com que o adolescente vivencie diversos lutos.
COMO É A ADOLESCÊNCIA?
Dos 12 aos 16 anos, o adolescente começa a descobrir a sua própria identidade. Adquire uma consciência de si mesmo e do sexo oposto. Tem noção das diferenças sociais. As amizades são mais duradouras. Valorizam a lealdade e a confiabilidade. Há um maior desenvolvimento da independência. Os filhos desta idade precisam estabilidade em seu lar e muita paciência e compreensão por parte de seus pais.
A partir dos 17 anos, o jovem continua debaixo do cuidado paternal, mas leva uma vida mais independente. Estes podem ser anos de grande companheirismo com os pais ou, de maior distanciamento. Os pais têm que saber “soltar as rédeas” aos poucos e confiar na formação que deu a seus filhos durante os anos anteriores. Esta etapa pode ser de profunda relação com Deus, mas, justamente por ser assim, deve ser orientada pelos pais.
É indispensável, nessa fase, haver uma boa comunicação entre pais e filhos. É um tempo de idealismo, ilusões, sonhos e fantasias. O jovem preciso de modelos dignos e com alvos definidos para a vida. É um tempo para fixar metas, estabelecer relações e determinar o nível de compromisso onde irá desenvolver sua vida:
METAS A SEREM ESTABELECIDAS
Os pais devem levar seus filhos a:
1) NO LAR. Assumir responsabilidade pessoal quanto ao uso do tempo, nas tarefas domésticas, no cuidado e conservação da propriedade familiar. Bem como, desenvolver bons hábitos e estabelecer uma forma correta de relacionamento com os demais membros da família.
2) NA ESCOLA. Dedicar-se aos estudos, fazendo o melhor possível para aprender controlar-se e vencer o desânimo que leva muitos a abandonar os estudos. Ter em mente que está se preparando para o futuro.
3) NO TRABALHO. Aprender a cuidar dos interesses do patrão e que seja diligente, esforçado e cumpridor. Bem como, a ser pontual, honesto, disposto e manter uma atitude correta para com os colegas de trabalho.
4) NA IGREJA. Aprender a respeitar os líderes e aos demais ir-mãos, identificando-se claramente com eles. Participar de todos os eventos e cooperar com o avanço do Reino de Deus. E, acima de tudo, criar uma profunda relação com Deus.
4) NA SOCIEDADE. Respeitar as autoridades e as leis, e cultivar uma boa atitude para com elas. Escolher suas amizades com cuidado.
DISCIPLINA DOS FILHOS ADOLESCENTES
Um dos piores sentimentos que um adolescente pode sentir é a culpa causada pela desobediência. Isto é produzido pela ação do Espírito Santo (João 16.8). A culpa produz dor na alma, mas a disciplina e o castigo o liberta dela.
Por esta razão, o adolescente espera e necessita ser disciplinado quando desobedece. Faz parte da ordem de Deus na formação dos filhos. A disciplina e o castigo educam e reforçam a vontade. Ajudam o jovem a afirmar sua consciência e a atuar com resolução diante das pressões e influências externas. São duas as influências sobre os adolescentes: o satânico (todas as formas mundanas de pressão) e o disse. Diante delas, ele terá que decidir.
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Salmos 11.10).
Os filhos devem saber que a desobediência sempre será castigada segundo o que Deus determinou. Se os filhos não forem disciplinados, Deus disciplinará os pais (1Samuel 3.13-14).
1) O USO DA VARA. Este é o método estabelecido pelo Senhor. Até uma determinada idade é plenamente eficaz e suficiente, podendo ser usada em casos graves ou repetitivos. Seguir o padrão ensinado no Capítulo 8. Entretanto, com filhos que nunca foram disciplinados anteriormente, as opções abaixo são mais adequadas. Deve-se, no entanto, buscar orientações dos mais experientes.
2) ADMOESTAÇÃO VERBAL SOMENTE. Não é gritar ou “jogar na cara” o erro do adolescente. Mas levá-lo a entender a gravidade do seu erro. Pode ser um sólido conselho até uma dura repreensão. Apele para a razão e para a sua própria auto-estima.
3) ADMOESTAÇÃO COM PRIVAÇÃO DE ALGO QUE LHE AGRADE tem como objetivo provocar dor. A privação deve estar relacionada com o mal que o filho tenha cometido.
CUIDADO: Não cortar algo que envolva sua formação intelectual ou espiritual (ex.: proibir de ir ao colégio ou de ir aos compromissos da igreja). Bem como não obrigar a fazer um trabalho para não incutir que trabalho é castigo.
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS
1) DEPENDER DO ESPÍRITO SANTO EM TUDO (João 16:13).
2) BUSCAR DE DEUS SABEDORIA. (Tiago 1:5-6). É importante anotar que um filho sábio será, em grande parte, resultado de ter tido um pai e/ou mãe sábio.
3) NUNCA PERDER A COMUNICAÇÃO COM OS FILHOS. Falar a verdade em amor (Efésios 4:25). Conversar com eles. Deve-se escutar os filhos com calma, atenção e compreensão e juntos buscarem as soluções. Responda sempre a todas as perguntas sem meias verdades. Sendo sempre sinceros para que eles aprendam a sinceridade.
4) AMIZADE SINCERA. Serem realmente amigos dos filhos. A comunicação, a educação e o relacionamento será bem mais proveitosos dentro de uma amizade sincera.
5) RESPEITAR SEMPRE AS ÁREAS MAIS SENSÍVEIS DO ADOLESCENTE:
a) Sua aparência. Animá-los constantemente, pois todos já passaram por isso. Mas, cuidado, não usar de falsos elogios.
b) Seus gostos e opiniões (roupas, modas, comportamento), nada se refere a pecado ou aparência do mal, só gostos e opiniões.
6) ELOGIAR SEMPRE, CRITICAR SÓ QUANDO REALMENTE FOR INDISPENSÁVEL. Quando os filhos atuarem bem, deve-se elogiar e estimulá-los. Felicitá-los por seu esforço e pelos seus resultados alcançados, isso os animará a prosseguirem.
7) SER FIEL AOS FILHOS. Em se tratando de adolescentes ainda mais. Não se deve contar o que foi revelado no íntimo. É importante não expor a intimidade, os sentimentos, as paixões e opiniões, só quando permitido por eles.
8) COLOCAR ALVOS E METAS (Salmos 127:3-5). Como os adolescentes estão muito preocupados em viver o presente, em sentirem-se participantes, não sabem colocar metas de longo prazo. Isto cabe aos pais. É necessário tratá-los em áreas específicas da sua vida: no lar, na escola, na Igreja e na vida social. Deve-se tratar uma área de cada vez.
9) COLOCAR DESAFIOS: Mostrar diversas profissões, diversas atividades, prepará-los para a vida. Eles são como flechas nas mãos dos guerreiros (pais). A responsabilidade de dar a direção é dos pais e não deles. Todavia sempre respeitando seus gostos.
Desafiem os adolescentes para:
– Pregação da palavra;
– Ser e fazer discípulos na escola;
– A influenciar a outros e não serem influenciados;
– Boas músicas;
– Boas leituras.
10) SER EXEMPLO de conduta aos filhos. Eles tendem a ser como seus pais, mesmo quando resistem a eles.
11) APLICAR A DISCIPLINA COM FIRMEZA e de forma razoável, mesmo que ameaçam a sair do lar. Os pais não podem permitir que a rebelião destrua a integridade do lar. Se admitir a atitude rebelde do filho em casa, perderá o controle e a autoridade .
12) CONFIAR EM DEUS. O Senhor é fiel.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A criação dos filhos implica numa enorme responsabilidade. Muitas vezes vai além da capacidade natural dos pais para fazê-la. Mas, se esta tarefa é aceita com fé e na dependência de Deus, encontraremos graça do Senhor para realizá-la.
Sempre deve ser lembrado que criar filhos é para Deus. Criá-los para que sejam participantes responsáveis em sua grande família. assim os pais desempenharão sua tarefa com eficiência e fé, contando com a presença e bênção do Senhor.
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