SUCESSO DA ACUPUNTURA (Alguns escrevem: acumputura)
Para um antigo hábito chinês que transforma os pacientes em almofadas de alfinetes humanas, a acupuntura é surpreendentemente popular nos dias atuais.
O interesse crescente pela medicina alternativa e o quase reconhecimento oficial têm ajudado a criar um salto na demanda por esse tratamento espinhento. Cerca de um milhão de americanos gastam US$ 500 milhões por ano em acupuntura para tratar mazelas desde cálculos biliares a enxaquecas e dores nas costas; hoje até mesmo cachorros e cavalos são levados a seus acupunturistas.
Mas ela funciona? A maioria dos médicos formados no Ocidente permanece cética. A explicação de que a acupuntura restaura o equilíbrio do “yin” e do “yang” por remendar pontos críticos nos meridianos de força vital soa para os cientistas suspeitosamente como charlatanismo. Os defensores dessa técnica argumentam que suas afirmações são confirmadas por centenas de pesquisas – tanto como por um registro de sucesso que remonta a 2.500 anos.
Uma grande barreira continua: a acupuntura procede de um sistema de fé que os cientistas consideram quase incompreensível. O tratamento baseia-se na crença taoísta de que duas forças vitais, o “yin” e o “yang”, se combinam para produzir a energia da vida, chamada de “ch’I” (ou ki), que flui pelo corpo através de trilhas conhecidas como meridianos, que foram mapeados há milhares de anos.
As pessoas ficam doentes quando estas forças vitais são tiradas do equilíbrio, e o serviço dos acupunturistas é trazer o “ch’I” de volta ao equilíbrio. Eles o fazem aplicando agulhas na pele, às vezes, muitos centímetros para dentro do corpo, até chegar aos pontos específicos junto dos meridianos, para então entrelaçá-las, girá-las ou pulsá-Ias com baixa corrente elétrica.
O que intriga os cientistas é que estes pontos e meridianos não correspondem a qualquer sistema biológico no corpo.
Como, pois, enfiar uma agulha no ouvido, por exemplo, pode atingir um órgão distante como a vesícula biliar? Uma possível explicação, para a qual se encontrou “evidência considerável” num debate, é que a acupuntura funciona, ao menos em parte, liberando substâncias naturais, semelhantes à morfina, dentro do sistema nervoso central.
Como quer que seja, os cientistas sabem que a acupuntura provoca mudanças mensuráveis no cérebro. Uma das maiores evidências apresentadas foi uma série de exames cerebrais feita pelo Dr. Abass Alavi, chefe de Medicina Nuclear no Hospital da Universidade da Pennsyivania em
Filadélfia. As imagens de Alavi mostraram mudanças profundas na região do sistema nervoso central que coordena a percepção da dor. “A acupuntura realmente muda a paisagen da dor que observamos no cérebro”, disse Alavi no debate.
Nem todos ficaram convencidos. O Dr. Waiiace Sampson, um membro do “Conselho Nacional Contra Fraudes na Saúde” [nos EUA], queixou-se de que o debate não tinha convidado pessoas contrárias [à acupuntura]. E, se bem que os estudos apresentados foram na maior parte conduzidos em países ocidentais, usando métodos cientificamente aceitáveis, muitos críticos notaram que as experiências melhor planejadas mostraram os resultados mais pobres.
Contudo, o futuro da acupuntura nos Estados Unidos provavelmente não dependerá da qualidade destas experiências. Se é mais barata e menos dolorida do que ir ao hospital, e se dá resultados, com certeza os americanos servir-se-ão desta técnica. (Times, 17/11/97)
As alegadas curas milagrosas da religião da acupuntura, da ioga, do caratê, e de muitas outras manifestações, não são motivo de surpresa, porque muitas pessoas que vão ao médico na realidade nem estão precisando de tratamento.
Na maior parte, o que está agindo é a mente, e através da mente (alma), as religiões entram no coração de milhões que se tornam “crentes” no ocultismo. Não importa qual seja o sistema, a “medicina natural” ou os “remédios da natureza”, ninguém pode alterar a eterna Palavra de Deus: “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27).
Artigo extraído, integralmente, da revista Chamada da Meia Noite – Ano 29 – No 8 – Agosto de 1998 – Por Arno Froese