O USO DO VÉU!

“Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu” – 1 Coríntios 11:6.
por Vilson Ferro Martins – www.vozdotrono.com.br

Antes de apresentar a mensagem a respeito do uso ou não do véu, é sensato registrar que cada um esteja submisso a igreja e liderança que freqüenta. Assim, se você faz parte de uma igreja que prega usos e costumes OU se submeta a liderança sendo cordato com as normas estatutárias da igreja ou é melhor pedir a benção e congregar em outro lugar onde se sinta livre para adorar ao Senhor e viver entre os irmãos. É bom lembrar que ninguém é dono de ninguém, assim se uma liderança possui braços abertos para receber alguém em sua igreja ou comunidade, deve igualmente de braços abertos liberar os que desejam congregar em outro local. “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pedro 5:3). Amém!

Pois bem, pessoas nos escrevem e perguntam sobre o uso do véu, se é certo ou errado as mulheres usar nos dias de hoje. Não diremos se é certo ou errado, todavia, traremos argumentos para que você analise e decida por si se deve ou não permanecer nesse costume.

Uma questão cultural:

Um comportamento único geralmente tem significado ambíguo, isto é, incerto para o observador. Por exemplo, no livro de Paul Yonggi Choo, ele menciona que entendeu de modo mais acurado algumas instruções de Paulo por ser ambos de uma cultura oriental. Ele diz: “Quando o ocidental entra na casa de um oriental, se saudar a mulher antes do marido, ele, na verdade está trazendo desgraça a família. De fato, é costume, ao entrar-se numa casa coreana, ainda que o marido não se encontre presente, o visitante dizer primeiro a esposa:

– Como vai seu esposo?

Então o visitante está livre para perguntar à mulher: “Como está a senhora”? O marido sempre vem em primeiro lugar; ele é o cabeça da casa.

Também na Coréia não dizemos: “Senhoras e senhores” como os ocidentais fazem. Isso de imediato causaria problemas. Pelo contrário, dizemos: “Senhores e senhoras”.  O homem deve preceder a mulher. Na Coréia o homem não dá passagem para a mulher, abrindo-lhe a porta, mas a mulher espera e segue o homem. Este é o costume oriental.

Assim, o comportamento que tem certo significado numa cultura pode ter significação totalmente diferente em outra. Na sociedade ocidental, o fato de uma mulher seguir o marido a uma distância de aproximadamente uns quatro ou cinco passos atrás e de cabeça baixa geralmente indica um problema de relacionamento entre ambos, todavia, numa cultura oriental esse comportamento pode ser considerado normal.

Então o que constatamos nesse texto sobre a instrução do apóstolo Paulo? Que trata-se de uma questão “comportamental” mas que evidencia um “princípio”. O comportamento pode até mudar, mas não o princípio. Continuemos e será mais esclarecido.

Como diz F.B Meyer… Quando analisamos o contexto histórico no versículo 10 de 1 Coríntios, constatamos que a “autoridade” na cabeça de uma mulher se refere, provavelmente, ao véu ou cobertura que a mulher grega passava a usar depois de casada como sinal de que ela se achava presa aos laços e deveres sagrados do matrimônio. Na opinião de Paulo, portanto, era indecoroso para a mulher casada cristã por isso de lado. Ele concordava com a total liberdade, bem como igualdade (Gálatas 3:28) do homem e da mulher em Cristo, contudo, apoiava os melhores costumes da época, a fim de que o evangelho não caísse em descrédito. As mulheres, portanto, deviam cobrir a cabeça nos cultos cristãos, como os anjos cobrem o rosto na presença de Deus.

O que de fato conta é o PRINCÍPIO a ser observado e não necessariamente o CORPORTAMENTO da época. Assim, nos chama atenção Virkler “A saudação com o beijo santo, conhecido como “ósculo santo” trata-se de um COMPORTAMENTO que expressa(va) um PRINCÍPIO. Que princípio é esse: O princípio do “amor fraternal”.

Assim, não precisamos necessariamente praticar o “ósculo santo” para praticar o “amor fraternal”. Mantém-se fiel ao princípio, mas a pratica se manifesta de outras formas.

Outro exemplo dado por Virkler: Jesus demonstrou o princípio de que devemos ter atitude de humildade e de disposição para servir-nos uns aos outros (Marcos 10:42-44) ao lavar os pés dos discípulos (João 13:12-16) um costume comum na época. Retemos o princípio (Atitude de humildade), embora seja possível que haja outros meios de expressar esse princípio de modo mais significativo em nossa cultura.

É-nos evidente que o oriental (principalmente da época) tem mais convívio com o deserto, portanto, a probabilidade de pés empoeirados é bem maior do que o ocidental. Logo, o “princípio” deve ser observado e não tanto o “comportamento”. Talvez Jesus numa cultura ocidental como a nossa levaria um mendigo encontrado na sarjeta para dentro de casa e dispensasse todo tratamento humano para torná-lo o mais sociável possível, ensinando-nos assim princípios de humildade e amor fraternal.

Então, finalizando com as palavras de Meyer: “Ninguém é completo em si mesmo. O homem, sem Cristo não está completo, como a mulher, sem o homem não está completa. Assim como Deus é a cabeça da natureza de Jesus no seu aspecto humano, assim Jesus deve ser a cabeça do homem, e este, da mulher. Mas, em todos os casos essa chefia não implica em autoridade e governo, mas em comunicação de amor, sabedoria e força, sem o que não se pode entender o que é melhor. O fato de a mulher cobrir a cabeça comparada com o do homem manter a sua cabeça descoberta é sinal e símbolo desta INTERDEPENDENCIA.

Mas é muito interessante notar que, enquanto o evangelho insiste claramente em que seja observada a ordem divina, eleva a mulher à posição de autêntica companheira do homem, e faz com que ela seja honrada e amada como a glória do homem. Nem a sociedade, nem a família, nem a própria mulher podem ser felizes a não ser que ela seja colocada em sua verdadeira posição. De um lado, ela se sente completa no homem; do outro, ela é sua rainha e ele a serve com toda a gentileza, ternura e força.

Considerações finais:

O apóstolo Pedro diz: “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações”.

Assim, o que fica evidenciado é que o uso do véu (comportamento) NÃO é de suma importancia e NEM necessário em nossa cultura e sim o “(princípio de autoridade – interdependência) que deve ser seguido e obedecido a risca, caso contrário, alguém pode até exigir que a mulher use véu (e ela o fará por ser coagida a isso), todavia, caso o princípio divino de autoridade não esteja sendo biblicamente praticado e não havendo interdependência, ou seja, se Cristo não está de fato sendo o cabeça do marido e por conseqüência o esposo não está sendo cabeça do lar negando a honra devida a mulher, não suponha tal homem que suas orações chegarão ao trono da graça, afinal, o próprio Deus já disse que as tais (orações) serão IMPEDIDAS.

O comportamento em relação ao “PRINCÍPIO BIBLICO” é fundamental e não o comportamento em relação ao “costume”.

Autor do artigo: Vilson Ferro Martins
Foi utilizado nessa mensagem:
Bíblia Sagrada
Grupo Familiares e o Crescimento da Igreja – Paul Yonggi Choo – pag.34.
Hermenêutica – Henry A. Virkler – pag.174/175.
Comentário Bíblico Devocional – F. B. Meyer – pág. 178-179.

Deus se importa

Uma palavra abençoadora para seu coração?

Extraído: A Viagem do Outro Cristão. Francis J.Roberts. Ed.A.D.Santos

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