Masturbação, afinal é ou não algo que o cristão pode praticar?
Masturbação é chamada de “quiromania”, pois, no grego significa “quiro = mão” mais “mania = loucura, demência”. Mania está ligada à doença.
Parece que a palavra “masturbação” é um grande “tabu” em qualquer idioma. Os pastores às vezes falam sobre adultério ou homossexualismo, mas o termo masturbação quase nunca é ouvido na Igreja. Às vezes a palavra é mencionada em um acampamento de jovens, mas muito superficialmente. Por que temos tanto “tabu”, constrangimento e vergonha quando esta palavra é falada? A resposta não é difícil. Quase toda humanidade tem praticado, está praticando e vai continuar praticando esse ato. Se os livros sobre sexo merecem crédito, a maioria dos homens e mulheres continua a praticar masturbação em grande parte da sua vida e aparentemente um grande número de crentes que estão na igreja são tão escravizados quanto o mundo.
Esse vício é comum entre todas as classes e camadas sociais e entre não poucos pastores e sacerdotes. A Bíblia diz claramente a razão: o homem e a mulher estão condenados por não desejarem ouvir e aceitar a verdade sobre seus pecados e transgressões e, assim, se arrependerem.
“E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” – (João 3:19-20).
O homem não quer a VERDADE porque a luz revela a verdade e o condena.
Os pastores sentem um grande constrangimento e vergonha em mencionar a masturbação. Isso porque eles sabem que a masturbação é uma palavra que cria uma reação de tristeza, terrível depressão e até de revolta na congregação. Os ouvintes ficam simplesmente abalados emocionalmente. A segunda razão é porque o homem, no seu coração ou consciência que Deus lhe deu, sabe que a masturbação é errada, mas a praticam. Essa consciência faz com que ele evite palavras que o condenem e o entristeçam. A terceira razão é que as forças malignas não querem que nada seja dito sobre esse assunto, para que o povo continue cego e mal informado sobre as palavras bíblicas que identificam e condenam este vício.
Os demônios criam medo e vergonha nas pessoas que são obrigadas a admoestar sobre este assunto. Os pastores têm sido muito negligentes ao falar sobre os pecados que são comuns no meio do rebanho. O que Deus disse sobre os pastores no passado também poderia dizer hoje em dia:
“Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono” – (Isaías 56:10).
Paulo declarou que sua maior tarefa foi admoestar o povo do pecado:
“Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós” – (Atos 20:31.
Os escritores do Novo Testamento não tinham medo de falar sobre a cobiça, impureza e idolatria e acerca de vícios que essas palavras representam.
Há na Bíblia muito mais informações sobre pecados sexuais do que acerca de qualquer outro pecado. A consciência do homem e da mulher condena a masturbação e quando uma pessoa a pratica, ela quer achar que não há nada de errado, a fim de se justificar. Mas a consciência dada por Deus não dorme. E tem que ser totalmente cauterizada para não sentir vergonha ou remorso. Uma pessoa pode se gloriar ao contar as conquistas sexuais, mas a prática da masturbação raramente é mencionada. Existe uma vergonha ao redor desta palavra que constrange a quase todos. Ver um homem ou uma mulher, ou até um cachorro, masturbar-se é uma cena nojenta para qualquer pessoa com um pouco de vergonha.
Homens e mulheres praticam nos momentos de paixão o que eles achariam vergonhoso e nojento em momentos mais racionais. A consciência e o Espírito Santo condenam a masturbação, apesar de todos os ensinamentos humanistas. Quando alguns chegam a dizer ao jovem que a masturbação é uma coisa normal, até mesmo um dom de Deus, muitos perguntam:
– Então por que eu ainda conservo o mesmo sentimento de culpa?
David Wilkerson disse que a maior derrota dos jovens é a masturbação. Ela deixa grande parte da mocidade com sentimentos de culpa e vergonha. Os jovens, por isso, acham difícil testemunhar e serem zelosos em sua vida cristã. As dúvidas, o remorso e a vergonha que a masturbação cria na pessoa mostram que ela é a maior arma do demônio para derrubar a mocidade da Igreja de Cristo. A Bíblia diz:
“Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” – (Romanos 14:23).
Tiago indica que a impureza é um dos maiores impedimentos para aceitar a Palavra de Deus, senão a maior:
“Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas” – (Tiago 1:21).
O texto menciona duas coisas que impedem a aceitação da Palavra de Deus: impureza e traquinagem. Entenda-se este último termo (traquinagem) como sendo o procedimento igual ao de uma criança que não quer aceitar a correção e a instrução. Esta atitude sempre produz auto-justificação, desculpas e mentiras que cobrem (camuflam) o pecado.
Deve ser dito que só a Palavra de Deus pode libertar as pessoas dos vícios sexuais. A consciência do homem é vacilante e volúvel e tem que ser fortalecida pela Palavra de Deus. E somente uma linha bem definida e vasto ensinamento sobre os vícios sexuais vão dar possibilidade para o povo da Igreja vencer. A Igreja em geral está saturada com vícios sexuais.
Não há dúvida de que em todos os pecados e crimes existem avareza e cobiça. Porém, existe um grupo especial que é basicamente constituído de vícios de avareza e cobiça. Um adúltero já passou a cobiçar e já se satisfez, conseguindo o que ele desejava. Um efeminado ou homossexual também não simplesmente cobiçaram, mas comeram a fruta proibida. A masturbação é indício de cobiça e avareza. A pessoa que se masturba quase sempre deseja um homem ou uma mulher e suas imaginações estão ligadas a um parceiro imaginário. Um homossexual, efeminado, masturba-se pensando em um parceiro do mesmo sexo.
As pessoas podem pensar que não cometem adultério. Sodomia e fornicação quando elas se masturbam, mas conforme a Palavra de Deus estão desejando coisas que são proibidas pela Bíblia e, por isso, são avarentas e idólatras. E as emissões, conforme o Novo Testamento contaminam a carne e a alma.
Para os judeus, a impureza cerimonial e a espiritual eram quase, se não, inseparáveis. Emissões sexuais eram designadas como impureza física, mas também estavam ligadas à impureza espiritual (cobiça, lascívia e idolatria). As leis de Deus que afastavam o homem do acampamento por causa desta impureza devem ter chamado a atenção à lascívia e cobiça que estão ligadas a ela. O objetivo dessas leis seria o de todo homem israelita se abstivesse de tudo que iria obrigar essa separação.
Masturbação era um ato que faria um homem impuro em ambos os sentidos: cerimonial e espiritual. Essa lei, sem dúvida, foi usada para minimizar e corrigir s impureza. Veja Deuteronômio 23:9-10 – Levíticos 15:16 e 18:19.
A mulher (casada) que estivesse impura tinha que se abster de sexo durante sete dias. Esse era o número completo, divino, para que ela estivesse separada do homem. Para ela simbolizava a necessidade de permanecer sem sexo enquanto solteira ou sem marido. O que contamina o homem leva à desobediência às leis de Deus. Esta impureza foi a conseqüência de funções normais e naturais, mas contaminam física, se não espiritualmente. Contaminação pela impureza do pecado é um fato consumado para toda humanidade:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” – (Romanos 3:23).
O que condena o homem e mulher não é o fato de que eles foram contaminados pelo pecado, mas que eles recusam a lavagem que Deus ordenou para eliminar essa impureza. Era necessário abster-se do pecado (sexo, neste caso), e ter fé no sacrifício ordenado por Deus.
“Porém quando for limpa do seu fluxo, então se contarão sete dias, e depois será limpa. E ao oitavo dia tomará duas rolas, ou dois pombinhos, e os trará ao sacerdote, à porta da tenda da congregação.Então o sacerdote oferecerá um para expiação do pecado, e o outro para holocausto; e o sacerdote fará por ela expiação do fluxo da sua imundícia perante o Senhor” – (Levíticos 15:28-30).
Hoje, o sacrifício de Jesus é que nos purifica de TODO pecado.
“Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” – (1 João 1:6-10).
JOHNSON, Lee Charles – Escravos do Sexo – 4 ° Ed. Paraná: Aleluia, 1994. p. 29-34.