“No tocante à ministração aos santos, é supérfluo para mim escrever-vos […] Mas digo isto: O que semeia com moderação, também colherá com moderação; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará” – 2 Coríntios 9:1,6.
Exerça seu cristianismo; replique as mensagens; mantenha os dados autorais.
A Bíblia Sagrada deixa claro que Deus é um Deus de princípios e ela (a Bíblia) por si só revela inúmeros princípios que regem toda vida do cristão, inclusive e principalmente a questão financeira. Sei que já no passado algumas mensagens foram escritas neste sentido, entretanto, me sinto impelido a escrever algumas mensagens sobre o assunto novamente para que tais princípios estejam bem acesos nas mentes e assim as janelas da benção estejam abertas sobre os que vivem esse princípio.
Quando Deus se ocupou em escreveu todo um capítulo sobre a questão, é um sinal muito forte que Ele está desejoso de que o princípio seja aprendido, aplicado e o resultado seja bençãos sem medida, conforme é descrito no capítulo 9 de 2 Coríntios.
Outra importante observação é que o apóstolo Paulo está escrevendo a pessoas genuinamente convertidas. Ele diz: “Portanto, achei necessário exortar OS IRMÃOS…” (v.v5).
Bem, dito isso vamos ao que interessa. Aliás, tenha paciência em ler todas as mensagens para que possa formar um conceito sobre o assunto e não aborte a leitura apenas por se tratar de “contribuição”. Amém!
Vejamos o PRINCÍPIO que Deus MINISTROU em Provérbios 3:9-10: “Honra ao SENHOR com os teus bens, e com as primícias de todos os teus ganhos; assim, se encherão os teus celeiros de abundância, e os teus lagares irromperão com vinho novo”.
Não precisa ser expert em análise textual para entender o que Deus está ministrado. O princípio afirma que devemos HONRAR ao Senhor com nossos bens e com as PRIMÍCIAS de nossos ganhos – que ocorrerá o seguinte: “Se encherão nossos celeiros (nossa casa, nossos armários, nossas despensas) de abundância e os nossos lagares transbordarão com vinho novo – aqui fala da alegria da vida, ou seja, viver a vida e desfrutar dela.
Quando se aborda esse assunto, os mais inflexíveis vão dizendo que isso é coisa do Velho Testamento e que o Novo Testamento tudo agora é diferente, afinal, estamos na graça e não debaixo da lei.
Bem, espere um pouco! Vamos ler Gênesis 4:4 e tentar descobrir se foi no VT ou no NT que Abel recebeu ministração desse princípio para colocá-lo em prática. Leiamos: “E Abel, ele também trouxe das primícias e da gordura do seu rebanho. E o SENHOR teve consideração por Abel e por sua oferta”.
Hummm, Abel trouxe das PRIMÍCIAS e o Senhor TEVE CONSIDERAÇÃO por Abel e por SUA OFERTA. E daí? Conseguiu descobrir se ele leu isso no VT ou NT? Pois é, ambos nem existiam, mas O PRINCÍPIO já havia sido estabelecido, portanto, ao cumpri-lo, Deus atentava para o ofertante e para a oferta. Consequentemente NÃO cumprindo, o Senhor não atentava nem para a oferta como para o ofertante.
Mas, isso é possível?
“Honra ao SENHOR com os teus bens, e com as primícias de todos os teus ganhos; assim, se encherão os teus celeiros de abundância, e os teus lagares irromperão com vinho novo”” – Provérbios 3:9-10.
Mas, isso é possível?
Sim, e se encontra registrado. Leiamos Gênesis 4:3,5: “E no passar do tempo, aconteceu que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR…, Mas por Caim e por sua oferta ele não teve consideração. E Caim ficou muito irado, e o seu semblante caiu”.
Observe que Caim NÃO estava atento ao princípio, portanto, trouxe “do fruto da terra” ao invés DAS PRIMÍCIAS DA TERRA. É como se Caim tivesse colhido os frutos da terra, se abastado deles e depois, ignorando totalmente o princípio, então, e só então resolvesse levar “o resto” dos frutos da terra ao Senhor de toda a terra. E qual a consequência de tal atitude? O Senhor rejeitou tanto a oferta como o ofertante, entretanto, o amor de Deus fez com que o próprio Senhor ministrasse a vida de Caim sobre o princípio: “Se tu fazes bem, não serás aceito? E se não fazes bem, o pecado jaz à porta. E para ti será o desejo dele, e tu deves governar sobre ele”.
É oportuno levar em consideração o que o Senhor diz para Caim: “E se não fazes bem, o pecado jaz à porta. E para ti será o desejo dele, e tu deves governar sobre ele”. Ou seja, “E se não fazes conforme o princípio estabelecido (se não prioriza teu Senhor), o pecado jaz à porta”.
Fora do princípio, o que nos espreita são pecados e não bençãos.
Também é oportuno atentar que tudo isso aconteceu antes que o VT e o NT fossem escritos, portanto, em Provérbios nada mais está sendo ministrado (assim como outros textos bíblicos) de que um princípio JÁ vigente desde o princípio do mundo, ensinado e ministrado pelo próprio Deus, portanto, quem quiser desobedecê-lo fique à vontade, todavia, saiba que enfrentará consequências.
Bem, milênios depois o apóstolo Paulo vai escrever importantes considerações acerca desse princípio de forma mais detalhada, e como ele está escrevendo para cristãos, parte-se do princípio que não será mais ministrado se deve ou não contribuir, mas COMO contribuir.
Antes de entrar propriamente no texto de 2 Coríntios, vamos nos ater a um perigo muito grande que o amor do dinheiro pode proporcionar, conforme 1 Timóteo 6:10: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. 1 Timóteo 6:10.
O amor do dinheiro…
Quando lemos este texto de imediato nos vem à mente que estamos vacinados contra isso e que dificilmente seremos vítimas “do amor do dinheiro”, mas, será? Veremos que isso se processa de maneira tão sutil que muitos o praticam sem se dar conta!
Bem, recorramos um texto que lança luz nessa sutileza e ele se encontra em Mateus 19:16-26 num encontro com Jesus e um jovem rico que argumentos com o Mestre como ele faria para herdar a vida eterna. Jesus lhe diz: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mateus 19:17). Ao que ele responde que tudo isso ele já guardava desde sua juventude, portanto, tratava-se de uma pessoa religiosa e zelosa pela sua religião. Entretanto, Jesus acresceu algo a orientação daquele moço: “Se queres ser perfeito, vai e vende o que tu tens, e dá-o aos pobres, e tu terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me” (Mateus 19:21).
Ora, Jesus disse para ele: “Se queres ser perfeito, não deixe o dinheiro governar sua vida”. “Mas o homem jovem, ouvindo essa palavra, foi embora triste, porque ele tinha muitas posses” (Mateus 19:22).
Aquele moço quebrava o primeiro e mais importante dos mandamentos que diz: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” – (Mateus 22:37).
O que o impedia de cumprir o primeiro e mais importante mandamento? O dinheiro! Ele era governado pelo dinheiro ao invés de ser governado pelo Senhor e assim ter o governo de suas finanças e não ser controlado por elas.
Sutil não? Tão sutil que a Bíblia não mais toca no assunto sobre aquele moço, portanto, ao que parece ele perdeu a salvação porque o amor do dinheiro (que é a raiz de todos os males) acabou suplantando o amor de Deus naquela vida. Sutil, mas, um perigo iminente.
Claramente o próprio Jesus afirmou que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). E sabe qual é um desses senhores? Mamom, ou “o amor do dinheiro”.
A grande maioria dos que se intitulam crentes, devotam sua vida a Deus, entretanto, no que diz respeito ao “bolso”, o devotam a Mamom. O resultado é que “o pecado jaz a porta”, razão pelo qual não possuem vida prospera biblicamente falando. Quebram o princípio e sofrem as consequências por tal ato.
Agora, vamos ao texto do apóstolo Paulo e muito nos será ensinado!
“E Deus é capaz de fazer toda a graça abundar em vós, para que vós, tendo sempre toda a suficiência em todas as coisas, abundeis em todo bom trabalho” – 2 Coríntios 9:8.
Agora, vamos ao texto do apóstolo Paulo e muito nos será ensinado!
É maravilhoso e nos enche de alegria quando lemos que Deus É CAPAZ de fazer abundar em nós toda a graça, para que tenhamos sempre toda a SUFICIENCIA EM TODAS AS COISAS. Aleluia!
Entretanto, vamos analisar para quem se destina essa Palavra de benção, e logo recorremos ao versículo 6: “Mas digo isto: O que semeia com moderação, também colherá com moderação; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará”.
Fica mais claro do que a luz do meio-dia que SEMEAR, CONTRIBUIR, OFERTAR, ou seja lá o nome que se desejar dar, NÃO é opcional, mas, imperativo!
O que semeia! Isso é generosidade. E o que NÃO semeia? Isso é AVAREZA! (v.v5).
Fica evidente que a questão é semear pouco e colher pouco ou semear muito e colher muito, mas, JAMAIS NÃO SEMEAR. O princípio estabelecido é que a pessoa nascida de novo possui apenas duas opções: Semear pouco e semear muito! Não existe isso de NÃO SEMEAR! Leiam o texto, por gentileza! “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2 Coríntios 9:6). Notadamente “O QUE SEMEIA…” (Não o que não semeia, ou nunca semeia).
O princípio segue sendo fortalecido no versículo seguinte. Vejamos: “Cada homem dê conforme propôs no seu coração, não com má vontade ou por necessidade; porque Deus ama um alegre doador”. Notamos o “cada homem DÊ”. Jamais se constata alguma ressalva em algum texto que o cristão tem a opção de NÃO contribuir. Pelo contrário, o texto de Provérbios 3:9-10 CONTINUA vigente. O princípio continua ativo, só que agora o apóstolo instrui sobre o que cada um pode definir sobre o que deseja colher – SE quer colher MUITO ou pouco. Só isso é acrescentado.
E então, por se estar amparado pelo princípio divino, se constata o resultado – DITO PELA BOCA DE DEUS – “E Deus é capaz de fazer toda a graça abundar em vós, para que vós, tendo sempre toda a suficiência em todas as coisas, abundeis em todo bom trabalho”. (V.v8).
Não podemos deixar de ressaltar:
1) Deus é capaz, portanto, Ele está assumindo a responsabilidade de abençoar!
2) Ele irá operar TODA A GRAÇA, e não parte dela, cuja finalidade é que:
3) Tendo SEMPRE – TODA a SUFICIENCIA – EM – TODASSSSS AS COISAS…
4) Abundeis em TODO bom trabalho!
Não há dinheiro que pague isso! Não há investimento financeiro que renda isso! Só mesmo se submeter a um princípio, é que possibilita tal rendimento, cuja pessoa que está bancando é o próprio Deus.
“Ele espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre” – 2 Coríntios 9:9.
Mas, a ministração divina continua…
Interessante que o texto acima não diz: “Ele espalhou, deu aos pastores; as igrejas; aos ministérios… Não! Pelo contrário, diz, “Ele espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”. “Deu aos pobres”.
É para você que sempre pensou que a contribuição é para deixar pastor e igreja rica, o Senhor vê isso de forma diferente. Aliás, outro princípio divino é que Deus nos trata individualmente, ou seja, se sou fiel no princípio, então, vivo por ele e sou abençoado por ele, ainda que o destino da contribuição não seja aquela que se esperava. É entre cada um e Deus!
Bem, então, em seguida a pena do apostolo escreve: “Ora, aquele que ministra a semente ao que semeia, também ministre o pão para o alimento, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça”. Aquele que ministra a “SEMENTE”, ou seja, a contribuição física, a semeadura, por assim dizer”, multiplicará a “sementeira” ou seja, as FINANÇAS, bem como aumentará os frutos da vossa JUSTIÇA, ou seja, “BENS ESPIRITUAIS”. A Palavra está deixando bem claro que tal ato de semear – contribuir – ofertar, POSSUI dupla implicação: Uma natural, redundando em AUMENTO da semente (aumento daquilo que foi semeado), bem como uma implicação espiritual “frutos da justiça”.
Ora, esse tal “frutos de justiça” nos faz lembrar de Apocalipse 19:8 que diz: “E foi-lhe concedido que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente porque o linho fino É A JUSTIÇA DOS SANTOS”.
Pois é, Deus tem tudo sob controle!
Mas, continuemos, pois, tais atos de justiça possibilita que “sejamos enriquecidos em todas as coisas para toda a generosidade, a qual faz através de nós ação de graças a Deus”. (v.v11). Já pensou o que significa Deus afirmar que ELE no enriquecera EM TODAS AS COISAS para toda a generosidade, através da ação da Sua graça em nós?
Pois é, isso é o que o Senhor tem em Seu coração para com todos que o honram com as primícias de suas posses e rendas, porque Ele deseja criar um CICLO de prosperidade em nossa vida. Um ciclo de prosperidade? Sim! Vejamos o versículo 12: “Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas é abundante também em muitas ações de graças a Deus”.
Percebeu o ciclo? A administração deste serviço, ou seja, o fato de SEMEARMOS, não só supre as necessidades dos santos, MAS É ABUNDANTE EM MUITAS AÇÕES DE GRAÇA A DEUS.
Ora, e a quem – no final desse processo – você acha que se destina essa ABUNDANCIA DE MUITAS AÇÕES DE GRAÇAS A DEUS? E se há abundância de muitas ações de graças a Deus, porventura o Senhor Deus não nos abençoara numa boa medida, recalcada, sacudida e transbordante?
Pois é, certamente NINGUÉM, JAMAIS, supera o Senhor no dar e no abençoar! É do desejo do Seu coração que possamos semear para então Ele nos abençoar “em cima” de nossa semeadura, afinal, se semeamos é porque Ele já nos abençoou com a semente!
“Pois, pela experiência desta ministração, eles glorificam a Deus pela vossa submissão ao evangelho de Cristo, e pela vossa distribuição liberal para com eles e para com todos os homens” – 2 Coríntios 9:13.
Aqui, quase no finalzinho do capítulo o apóstolo lança luz em algo muuuuito importante: A SUBMISSÃO AO EVANGELHO DE CRISTO!
É como se ele afirmasse que apenas os que “possuem a experiência de ministrar a semeadura, GLORIFICAM A DEUS pela SUBMISSÃO ao EVANGELHO DE CRISTO!
E os que não sentem necessidade ou falta “desta ministração”? Será que se encontram SUBMISSOS ao EVANGELHO DE CRISTO? Bem, penso no texto de Tiago 2:10 “Porque qualquer que guardar toda a lei, e errar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.
Somos rápidos em “justificar”, todavia, nenhuma justificação desqualifica o EVANGELHO DE CRISTO! “Sim, que Deus seja verdadeiro, e todo o homem mentiroso” (Romanos 3:4).
Bem, finalizando a série de mensagens desejo lançar luz sobre duas questões:
A primeira trata-se da visível manifestação a GRAÇA DE DEUS no que diz respeito a SEMEADURA ou CONTRIBUIÇÃO, afinal, a palavra “GRAÇA” é citada CINCO vezes apenas no capítulo 9 de 2 Coríntios.
Segundo o maior exemplo de contribuição/ semeadura que temos vem do próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo. Logo em João 18:37 lemos: “Disse-lhe, então, Pilatos: Então és tu um rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”.
Jesus afirmou que Ele nasceu para SE OFERTAR/se tornar a SEMENTE, dando testemunho da verdade, ainda que, como narra Mateus 26:39,42 e 44 – Ele clamou ao Pai que se possível passasse dEle o cálice, todavia, a vontade do Pai devia prevalecer (e prevaleceu) – Ele teve que morrer (se semear – para que ressuscitasse e possibilitasse vida aos que creem).
Bem, todos nós sabemos que Ele foi semeado e na Sua morte nós temos vida, portanto, se submeter ao Evangelho de Cristo inclui todo nosso espírito, alma e corpo, bem como nossa santificação e o cumprimento de nossa parte nessa aliança, o que inclui ser um semeador, reconhecendo que um preço altíssimo foi pago por nossa redenção terrena e eterna.
Deus abençoe a todos!
Pastor Vilson F. Martins – Setembro 2021.
Bíblia utilizada: Bíblia King James 1611.
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