PÁSCOA – “PASSANDO POR CIMA”

“Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa”- Êxodo 12:21.
por Vilson Ferro Martins – www.vozdotrono.com.br

A nossa comemoração de páscoa, não tem muito a ver com a comemoração da páscoa que acontece entre os judeus. Lá ela é conhecida como “PESSACH”. Ela é conhecida, também como “Festa da Primavera” (pois, marca a primeira safra na terra de Israel) e comemora-se a libertação da escravidão. O mais importante do seu significado.

Em nosso país, praticamente não temos nevasca, mas num país onde se tem neve, percebe-se a nítida diferença entre um solo coberto de neve e o mesmo solo, depois reverdecendo e florescendo após o intenso inverno. Assim também ocorre em nosso coração, que como Jesus já disse é terreno fértil ou pedregoso, e nele pode ocorrer o tempo de ficar coberto de neve, porém, sempre chegará a

A palavra “Páscoa” ou “Pessach” significa saltar, passar por cima. E o que isso significa? O nome foi escolhido para o povo de Israel sempre se lembrar que a morte “saltou” a casa dos hebreus, devido a proteção do sangue da aliança. Isto pode ser visto em Êxodo 12:13.

A celebração da páscoa em Israel, é uma festa de intensa participação das crianças. Qual a intenção? Ir registrando nas vindouras gerações quão grande milagre Deus operou, trazendo libertação ao povo, então as crianças perguntam: Manishtaná? ou seja “O que há de diferente esta noite? A resposta não é aquela que os ocidentais estão acostumados, onde empanturram as crianças de chocolates, ovos de chocolates, coelhinhos, etc. e tal, mas uma resposta Bíblica, pois passam a narrar toda parte bíblica onde está registrado o cativeiro egípcio, a libertação e como a  mesma se deu. Por que o fazem? Porque cumprem a ordenança de Deus, que diz ser estatuto perpétuo, narrar tal livramento. Êxodo 12:17.

Outro detalhe sobre a Pessach, é que durante 7 dias, os judeus não podem comer qualquer coisa levedada – tudo que leve fermento ou alimentos a base de cereais fermentados, como trigo, cevada, centeio, aveia que tenha sido mergulhado em água. Talvez para eu e você isso esteja esquisito, porém eles estão observando atentamente o que diz em Êxodo 12:19. A massa fermentada eles a chamam de Hametz, porém a não fermentada de Matzá. Matzá, a massa não fermentada, traz a memória a pressa com que o povo saiu do Egito, pois o pão não teve tempo de fermentar.

Agora, lembra-se quando Jesus disse para tomar cuidado com o “fermento” dos fariseus? Pois bem, “fermento” ou “hametz” significa todo orgulho que devem ser retirados de nossa vida, enquanto o “matzá”, significa a pureza, a simplicidade, a santificação, o não fingimento.

A casa onde está sendo comemorada a páscoa, passa por uma inspeção, onde o dono procura todo e qualquer vestígio de massa levedada – hametz. Quando a encontra, faz uma declaração em voz alta anulando os “hametz” e em seguida queima-os. A declaração diz as seguintes palavras: “Todo fermento e todo hametz que está em meu poder, que eu tenha visto ou não, e que eu tenha destruído ou não, seja anulado e considerado pó da terra”. Desta forma é realizada a queima e a anulação. Talvez, agora você se pergunte:  Mas onde está descrito este ritual ? No Bíblia meu irmão e minha irmã. Em Êxodo 12:15 – 12:19 e 13:7.

Que valor tem isto para nós que não somos judeus e não seguimos os ritos judaicos?
Tem o valor de anular ou confirmar aquilo que fazemos aqui, mas que repercute no reino espiritual. Não devemos nos esquecer nunca que somos reflexo de um mundo espiritual, portanto ignorá-lo pode trazer grandes problemas sobre nós, inclusive a morte espiritual, que demanda uma eternidade nas trevas.

Continuaremos falando mais do que significa de fato a PÁSCOA, a verdadeira Páscoa, pois o ocidente paganizou e adulterou algo tão sublime e que tem um significado muito abrangente em nossas vidas, que vai além de alguns bilhões de reais, muito marketing e alguns milhares de toneladas de chocolate…

“É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou”. – Êxodo 12:27.

Há um termo usado chamado “Seder de Pessach”. Seder significa Ordem em hebraico, portanto, TUDO acontece numa devida e determinada ordem.

Nesses dias são utilizadas louças finas, como sinal de libertação, pois já não são mais escravos – o espírito de miséria não tem mais domínio sobre a família. Isso fala de uma certeza, entre ser e viver há uma grande diferença. Há muitos que sabem que são livres, mas não vivem como se fossem. Estão ainda debaixo da escravidão e do jugo, vivendo uma vida medíocre, muito embora tendo a liberdade diante deles.

Além de louças finas, deve haver sobre a mesa o “Matzot”. Matzot são pãezinhos em massa sem levedar. São colocados em número de três sobre a mesa, e simbolizam três grupos do povo judeu: Cohen, Levi e Ysrael.

Cohen é o grupo dos grandes sacerdotes – Jesus é o nosso Sumo-sacerdote.

Levi é o grupo dos ajudantes – Este é o matzá do meio que deve ser partido – É o Cristo encarnado que veio a ser partido por nós.

Ysrael é o povo escolhido.

Estes Matzot são colocados um em cima do outro, e o do meio significa Levi. Este matzot é partido ao meio e a ele é atribuído o poder da cura. Mais uma vez, observamos Jesus sendo exemplificado através deste pedaço de pão, pois Ele se intitulou o “pão da vida” e ainda seu corpo e sangue foram partidos e derramados para cura das nações. Todo aquele que nEle crer, não perecerá, mas terá vida eterna. João 3:16.

Bem, a mesa está arrumada, e a primeira coisa a ser feita é orar e consagrar o vinho, que é denominado KIDUSH, pois tudo faz parte de um cerimonial santo. O vinho lembra-nos o sangue da Nova Aliança que foi derramado por nós. Hoje o verdadeiro cristão sabe muito bem que poder esse sangue lhe outorga. Ele é proteção, cura, acesso ao trono da graça, além de ser uma poderosíssima arma – Apocalipse 12:11.

Nessa noite é preparado quatro copos de vinho, onde o último dos quatro é chamado cálice de Elias. Este último não é tomado, pois é para lembrar a vinda do Messias (para o judeu a primeira, mas para nós a segunda). Estes quatro cálices, estão baseados em Êxodo 6:6-7. Eles brindam as quatro expressões relativas a redenção, descritas no versículo mencionado anteriormente, ou seja Êxodo 6:6-7:

Eu vos TIRAREI debaixo das cargas dos egípcios; Eu vos SALVAREI do seu serviço: Eu vos REDIMIREI com braço estendido; Eu vos TOMAREI por meu povo.

Esta é sem dúvida uma palavra de livramento que Deus tem para cada um de nós. Quem não viveu ou vive num “egito de escravidão”? Quando Ele nos toma para si, não há egito que resista. Aleluia !

Ah, sim, um detalhe muito importante; para se chegar a mesa é importante e necessário lavar as mãos. Condição sem precedente para entrarmos na presença de Deus – Salmo 24:4. Após lavar as mãos, come-se o KARPÁS. Karpas (um tipo de legume) deve ser de salsa com batata cozida ou cebola, que é mergulhado na água com sal. Água e sal, lembra lágrimas que foram derramadas durante os anos de escravidão. A intenção é novamente chamar a atenção das crianças, para que as mesmas perguntem por que isto está sendo feito.

Novamente vemos a preocupação dos judeus em passar as vindouras gerações os preceitos do Senhor e assim o Seu poder. O povo judeu se preocupa muito com a herança espiritual para seus filhos (Êxodo 13:8). Sabem como ninguém que uma geração inteira pode perecer por falta de herança espiritual. Salmos 78:5.

E nossas lágrimas ?

Elas certamente refletem algum momento de escravidão, porém a certeza do livramento deve ser uma constante na vida dos cristãos. Há momentos de lágrimas e privações, porém, há uma certeza de vitória que ninguém nem nada pode nos tirar…

“Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR”- Êxodo 12:11.

…Depois que o kaspás é mergulhado em água e sal, a matzá do meio é dividida. Para nós, uma célebre menção de como Jesus foi partido, levando sobre Si todas nossas dores, enfermidades e maldições – Isaías 53. A metade maior do matzá, chama-se “aficoman”, que deve ser envolvida num guardanapo e escondida para ser comida por último. O ato de partir a matzá, também lembra a abertura do Mar Vermelho. Que deve esta ser nossa certeza, quando no sentimos encurralado pelo inimigo. Se diante de mim, não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas… Ele abre caminho onde não existe, portanto, tenhamos a convicção que a páscoa, também aponta para um caminho seguro em meio a tempestade, que Deus sempre tem preparado para seus filhos e filhas.

A outra parte da matzá que não será escondida. Embrulha-se num guardanapo e coloca-se sobre os ombros, recordando-se desta forma a nossa prontidão ao chamado de Deus e também prefigura tudo que Jesus levou sobre Si em nosso favor.

A aficoman escondida significa que em parte veio a cegueira ou o endurecimento, até que chegasse a plenitude dos gentios, conforme Romanos 11:25. O Messias esteve oculto a Israel durante um tempo e agora chegou a hora de seus olhos se abrirem e atentarem para tão grande salvação. Eles ainda esperam o Messias, porém nós sabemos que Ele já veio para os seus, porém os seus não O receberam… João 1:11.

Após partir esta matzá – que é a do meio, conforme já mencionados anteriormente, inicia-se a narrativa de Êxodo, onde a mesma é lida em voz alta e com alegria, levantando-se a matzá em meio a leitura.

Todo este cerimonial está sendo acompanhado atentamente pelas crianças.

Senhores pais, o que estão ministrando para seus filhos neste período? O que está sendo ensinado para nossas crianças em relação a Páscoa e seu significado? Precisamos narrar diante dos nossos filhos as grandes maravilhas que o Senhor tem operado em nosso meio.

Hoje vemos os filhos tendo como referencial de atos poderosos os personagens de diabólicos desenhos animados e coisas semelhantes, mas quando lhes perguntamos sobre heróis da Bíblia, pouco ou nenhum conhecimento se evidencia. Quem está falhando em ministrá-los?

Assim como a matzá partida é levantada, Jesus se levantou do Seu trono de poder em defesa nossa diante das investidas de satanás e inimigos que tentam nos submeter a escravidão dia após dia, mas Ele venceu por nós, portanto nós somos mais do que vencedores. Aleluia !

No momento em que a matzá é erguida, o cabeça da casa declara: “Este é o pão da pobreza que nossos antepassados comeram na terra do Egito. Todo aquele que tem fome venha e coma. Todo aquele que passa necessidade que venha e celebre a Pessach conosco. Neste ano aqui, e que no próximo ano estejamos na terra de Israel, neste ano escravos, mas que no próximo sejamos homens livres”.

Observemos que é uma oração totalmente profética. Ainda que não percebam, estão declarando que Jesus é Aquele que pode alimentar, pois Ele é o pão da vida, o único que pode saciar a fome de todos quantos O procurem, e levá-los a terra prometida – (uma eternidade com Deus).

No momento em que estão sendo narradas as passagens bíblicas do Êxodo, os milagres são ressaltados e também a necessidade da humildade ser mantida, mesmo em momentos de liberdade.

Quando se narra as 10 pragas, o vinho é derramado cada vez que se cita o nome de uma das pragas. Houve distinção entre o povo de Israel e o povo egípcio, portanto, o sangue de Jesus nos é por proteção e nos distingue, como santos. (Deuteronômio 7:15). O restante do vinho é tomado, e as crianças participam ativamente, inclusive tomando suco de uva ou vinho misturado em água. Neste momento da tomada do vinho, é lido o trecho principal chamado Raban Gamaliel, onde o significado do Cordeiro Pascal, da Matzá e do Maror é explicado.

Consagra-se a matzá que agora são seguradas juntas e a de baixo é solta, significando que Cristo – a matzá partida – voltou a glória para assentar-se a destra de Deus e o Espírito Santo foi enviado para estar entre nós e nos consolar.

Neste momento, todos comem pedaços de matzá colocando um pouco de sal sobre elas. O próximo passo será comer o MAROR.

“Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?” – Marcos 14:14.

…Maror – são raízes amargas (raladas), juntamente com a CHAZERET que é um tipo de almeirão, também conhecido como alface romana. O almeirão é mergulhado no CHAROSET.

A finalidade destas ervas amargas é trazer a memória o sofrimento e a escravidão, que em princípio não era má, porém, tornou-se extremamente amarga, e então Deus interveio livrando-os.

O charoset é uma mistura de maçã, pêra, nozes e vinho, lembrando o sofrimento do povo hebreu que foi esmagado debaixo do jugo egípcio, e também, a argamassa que eram obrigados a fazer. Há aqui um significado para nós, que somos o Israel espitirual. Podemos mergulhar o nosso sofrimento no charoset, pois o vinho pensa as feridas – Lucas 10:34. Transforma sofrimento em vitória – feridas em cura – sofrimento em libertação.

Depois de comido o maror e a chazeret, deve-se comer o KORECH que é uma espécie de sanduíche. Ele é composto de matzá, junto com raiz forte ralada – maror. A matzá com a qual é formada o sanduíche tem significado de fé inabalável e da liberdade. Um tipo de fé que nos faz permanecer firmes em momentos de extremo sofrimento, perscrutando um livramento e salvação que certamente virão. Isaías 46:13.

Outro elemento chamado ZEROÁ, não será comido. Trata-se de um pedaço do braço do cordeiro, em lembrança ao cordeiro pascal que era sacrificado no Templo as vésperas do Pessach (só comido no final do Seder). Zeroá significa “braço” em hebraico, e é para lembrar que: Com mão forte e braço estendido, o Senhor libertou a Israel (Deuteronômio 4:34 – Salmo 118:16). Portanto, braço estendido nos fala de vitória e libertação.

BETSÁ é o ovo cozido, que será comido antes da refeição festiva. Em aramaico é chamado de ZEÁ, que significa “querer”. Deus quis tirar o povo do cativeiro, com braço forte. O ovo é símbolo de luto, tristeza, mas também de renovação. Quanto mais o cozinhamos, mais ele endurece, portanto, quanto mais o sofrimento se intensificou sobre os hebreus, tanto mais seus músculos ficaram fortes, muito mais do que seus opressores. Êxodo 1:12.

Ao mergulhar o ovo na água com sal é o mesmo que dizer: “Tu Senhor, és o único que pode transformar a tristeza em alegria, a escravidão em liberdade, o luto em festa, a escuridão em luz e a servidão em redenção”. Após a refeição festiva e a sobremesa, antes da meia-noite é comido o AFICOMAN. É comida por último, assim como ocorria com o cordeiro pascal, para que o gosto da redenção permaneça na boca. A este pedaço de matzá, é atribuído poder de cura, proteção, sustento e bênçãos.

Em seguida, toma-se o terceiro copo de vinho, sendo proferida bênçãos de ações de graça após as refeições e o Salmo 126 é entoado, juntamente com outros salmos de louvor. Uma oração, chamada Bircat Hamazon, composta de 4 bênçãos é proferida pelo cabeça da casa. Como os judeus sabem muito bem o poder da benção e em proferi-la, impõem as mãos sobre os filhos e proferem-nas.
Segue-se que é colocado vinho sobre o quarto copo, enquanto nesse instante as crianças abrem a porta dizendo:

Baruch Rabá = Bem-vindo.

O ato de abrir a porta, significa que não temem, portanto, não tememos os perigos da noite, pois estamos em Aliança de sangue com Aquele que não tosqueneja nem dorme, com o Guarda de Israel.

Encerra-se a noite com muitos cânticos e salmos de louvor, abençoando uns aos outros com imposição de mãos, principalmente sobre os filhos.

Como você pode observar, há uma diferença ENORME entre a páscoa que comemoramos e a que é comemorada pelo povo de Israel.

É óbvio que não devemos comemorá-la aos moldes dos judeus, mesmo porque não o somos, entretanto, é lamentável o que tem ocorrido com esta festa e como a maioria das pessoas tem-na tratado !

Muito embora o ocidente tenha industrializado a páscoa, porém, para nós cristãos, tem um nobre significado. O cordeiro pascal – JESUS – foi imolado, derramou Seu sangue para a remissão de nossos pecados. Ele nos tirou da escravidão das trevas, portanto o anjo da morte, não tem mais poder sobre nós…

Que a verdadeira páscoa seja comemorada por você e sua família.

Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai – Mateus 26:26-29.

Agora, depois de tudo o que escrevemos, responda para você mesmo: Onde é o aposento que Jesus irá passar a páscoa contigo?

Baruch Haba B’shen Adonai – Bendito o que vem em nome do Senhor !

“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” – 1 Coríntios 5:7.

Falamos de um envolvimento profundo, juntamente com rituais, observados pelos judeus em relação a páscoa, que talvez tenha até mesmo deixado alguns a pensarem do “por que” de tudo isto; se deviam ou não observar todos aqueles rituais…

Tudo que ocorreu no Velho Testamento, era sombra do que estaria por acontecer, digamos, no Novo Testamento. Tudo o que ocorreu debaixo da lei, era sombra do que deveria (deve) ocorrer debaixo da Nova Aliança – GRAÇA, portanto, não nos assustemos com os rituais envolvidos na páscoa praticada pelos hebreus, porém, vamos atentar ao significado espiritual da mesma e este sim deve ser aplicado em nossas vidas. Na realidade, a intenção era de trazer a memória, a seriedade e também a profundidade de algo que cada dia mais é banalizado pelo comércio. (Dói muito, quanto está chegando a páscoa, e as pessoas já se manifestam no sentido de desejarem as guloseimas comercializadas na época, sem ao menos mencionarem o sentido maior dessa comemoração. Constrange mais ainda em ver que os evangélicos vão aderindo ao movimento).

O apóstolo Paulo está dizendo à igreja em Corinto, para lançar fora o velho fermento. Fermento, nos fala de IMPUREZA, de vida pecaminosa, de conformar-se com a prática mundana, de se assimilar ao mundo.

Observemos que Paulo faz menção ao Cordeiro pascal que foi imolado. Ora, Ele foi imolado, a fim de que Seu sangue fosse derramado e pudesse trazer remissão de pecados e limpeza espiritual a todo aquele que nEle buscar salvação. Assim como lá no Egito, houve necessidade de matar o cordeiro e espargir o sangue nos umbrais da porta, há necessidade de cada ser vivente que deseja vida, tomar do sangue do Cordeiro pascal – pela fé – e espargir sobre os umbrais de sua própria vida. Ele verdadeiramente é o CORDEIRO PASCAL.

Note que o “lançar fora” depende de cada um. Eu não posso “lançar fora” o seu fermento e nem você o meu fermento. A tarefa é de cada um. É intransferível. Inútil será pensar que alguém vai ficar pagando o preço em oração, sempre, pela vida de outrem. Orar e interceder pelos outros é bíblico, porém, fica claro que o fermento que ME PERTENCE, eu mesmo devo lançá-lo fora; eu mesmo devo expulsá-lo de minha vida, e não esperar que outro venha fazê-lo.

E o que redunda de uma vida limpa de “fermento”?

Viverá em vitória, independente de qual situação esteja enfrentando. A Bíblia, o evangelho, o cristianismo NUNCA ofereceu vida sem dificuldades e isenta de aflição; e sim, que sempre teremos garantia de vitória.
Uma vida “sem fermento” está apta para enfrentar em vitória, nas seguintes ocasiões, alistadas pelo próprio apóstolo Paulo em II Coríntios 6:3-10, que bem sabia o que significava cada uma destas situações:

“…Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado; Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo”. Aleluia!

O Cordeiro pascal deve ser uma realidade em nossas vidas, para que possamos estar atentos para o toque da última trombeta. A trombeta soará, e somente os que estiverem com o sangue do Cordeiro pascal sobre os umbrais de sua vida é que ouvirá esse diferenciado toque, a fim de reunir os eleitos para estarem com Ele prá sempre na glória que tem preparado antes da fundação do mundo.
Vale a decisão e o esforço por viver em santidade – estejamos certos disso!

Por Vilson Ferro Martins
(Todas as menções sobre termos pascais judeus foram baseadas em pregações da pra. Nayra P. Priegue)
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Deus se importa

Uma palavra abençoadora para seu coração?

Extraído: A Viagem do Outro Cristão. Francis J.Roberts. Ed.A.D.Santos

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