MÓDULO 8
VIII. A MÚSICA CRIA O CLIMA
A. Mundanismo na Música
B. Estilo ou uma Extensão de uma Filosofia?
João 4:23 diz: “…os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade…”
Dando sequência, iremos nos concentrar no fator SOM e o que ele COMUNICA independentemente das palavras.
A expressão “Há um doce espírito aqui” é BÍBLICA!
O pastor prega a verdade. A música prepara os CORAÇÕES para ouvirem a mensagem; portanto, deve ser COMPATÍVEL com esta verdade.
Assim, se há música na igreja ela deve refletir a verdade que é pregada. Essa música deve “criar o clima” de adoração, mas da forma certa, para refletir a mensagem que o pastor irá pregar.
Já vimos que música influencia DOUTRINA, EMOÇÕES, OPINIÕES – o pensamento inteiro de alguém.
Diz Denissof e Peterson:
“Não pode haver música alguma sem ideologia”
E continua…
“Novos Esquerdistas defensores de Rock (sensate), como homens de propaganda de mídia, afirmam que a música tem um grande IMPACTO IDEOLÓGICO, porque a MENSAGEM É TRANSMITIDA ATRAVÉS DE FORTES SÍMBOLOS LEVADOS PELA ENERGIA DA MÚSICA EM SI”.
É a música em si que traz essa energia, não as palavras. As palavras são importantes também, mas não tanto quanto o SOM!
É salutar saber que “palavras” Deus deseja que esteja em nossas músicas de louvor e adoração.
Na música secular as palavras são absurdas. Nem se sabe o que está sendo dito. E no MCC igualmente. Palavras totalmente ambíguas, totalmente sem sentido ou de duplo sentido.
Se é assim, o que resta para que possamos analisar?
Os ATOS e o SOM!
Podemos deixar de lado as “palavras” (letras) e analisar os atos e sons!
Stephen McAdans em seu livro intitulado Thinking in Sound (Pensando em Som), ele diz:
“A característica principal da música é a sua habilidade de provocar um número rico e variado de sentimentos e emoções… Música demonstra claramente que linguagem falada não é o único tipo de som que carrega significado…”
Novamente Denisoff e Peterson sugerem que a música contemporânea (de hoje) comunica sua mensagem usando…
“…ritmos complexos e sons sensuais”.
Sons complexos são sons anapésticos, sincopados, bug bug já antes mencionado.
E que são sons sensuais?
Vamos ver o que é isso!
Merle-Fischman e Katsh , ambas psicoterapeutas já anteriormente citadas disseram:
“Uma música favorita pode te animar para um evento social, te ajudar na última milha de uma longa corrida, fazer sua parada no trânsito tolerável, te inspirar a fazer algo novo, ou simplesmente te fazer sentir bem”… “Música é uma forma de arte à qual pessoas reagem o dia todo com seus corações, mentes, corpos e espíritos”… “A música define os nossos gostos, desgostos, aparência física, estado emocional e meios de expressão; e mais importante, ela promove comunicação íntima com nossos semelhantes”… “Um dos mais tocantes dons da música é sua habilidade de provocar as mais tenras emoções”… “Desta maneira, música COMUNICA diretamente aos nossos CORAÇÕES e ALMAS”.
Isso não é novidade, pois, foi bem isso que Deus falou em 1 Samuel 16 quando Saul era opresso por um espírito mal e Davi apenas TOCAVA sua harpa.
Interessante notarmos que música influencia VESTIMENTAS, ou seja, dependendo do tipo de música que tal pessoa ouve, o reflexo se dará em seu comportamento, inclusive o tipo de roupas que ela usa.
Observe as crianças hoje, principalmente as meninas? Elas não estão se vestindo, se portando, e até mesmo se maquiando de forma sensual?
E está comprovado que a maior parte dessa influência deve-se a música!
Tal qual seus ídolos (Madonna, Britney Spears, Lady Gagá…) tal são suas vestimentas…
Ora, se as terapeutas estão certas e nos asseguram que música comunica diretamente aos nossos corações e almas, então que tipos de música estamos ouvindo?
Provérbios 23:7 nos ajuda: “Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo”.
Então é muito importante que tipo de emoções, que tipo de pensamentos as músicas provocam em nós.
Lembremo-nos: Música para o cristão não é questão de gosto ou preferência, mas de princípios bíblicos aplicados a música e o que a música comunica em si mesmo; o que os músicos, os especialistas, os cientistas sabem que a música de fato comunica. Não é questão de gosto ou preferencia, mas de entendimento de música!
Ora, se temos instrução bíblica: “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” – (Oséias 6:3). Então, temos que conhecer música para adorar ao Senhor de toda a terra.
Devemos APRENDER a tocar, e como a música comunica. Música não é gratificação instantânea, mas, muito esforço e dedicação.
Não é questão de o primeiro que chega, porque toca um violão já sobe ao púlpito para tocar no louvor. Tem que entender música para honrar ao Senhor. Eis porque tanta invencionice nas igrejas… Porque música é uma ferramenta poderosíssima e se tornou algo sem controle. As pessoas não sabem o que fazem, não sabem controlar; não sabem o que estão provocando. Não sabem o que comunicam. É preciso vigiar!
Alguns crentes dizem:
– Mas é uma benção para mim!
Como responder a isso?
Tal afirmação é basicamente uma afirmação de gosto e preferência embrulhado em um JARGÃO ESPIRITUAL. É equivalente a dizer: Eu gosto desse tipo de música! Ela fala comigo. Ela me anima!
É muito subjetivo alguém analisar que tal tipo de música é benção para ela, ou que fala com ela, ou que a anima. Que tipo de benção? Que tipo de animação? O que está sendo “falado” através da música?
Dizer: Eu gosto ou eu não gosto – Ela fala comigo ou não me diz nada – Ela me anima ou ela me põe pra baixo – é tudo questão de gosto ou preferência.
PERGUNTA: Quando o salvo considera o certo ou o errado em qualquer coisa, incluindo música (como benção) deve entrar em consideração?
NÃO! Pois é a mesma coisa de gosto ou preferência apenas espiritualizando-as.
O cristão é regido por princípios bíblicos e não por gosto ou preferências!
VIII. A Música Cria o Clima
Mundanismo na Música
O que é mundanismo?
Quando se fala de mundanismo, estamos falando deste sistema, não de árvores, animais, do sol, da lua, das estrelas, deste mundo que Deus criou – infelizmente amaldiçoado pelo pecado. Estamos falando de um sistema anti-Deus em filosofia, em pensamentos, em propósitos, em prática chamado “mundo”.
É a parte que em I João 2:15-17 diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. Isso que é MUNDO!
Jesus disse que: “Vós sois a luz do mundo” – Mateus 5:14.
Então, como vamos identificar “mundo” em “música”?
Como podemos ouvir uma música e dizer: essa música é mundana?
Em Satan´s Música Exposed (A Música de Satanás Exposta) Lowell Hart (cristão) diz (de forma resumida):
“Rock, rhythm & blues, jazz, pop, bossa nova, etc., todas são produtos do MUNDO. Estes músicos de MCC estão pegando o carnal e, na verdade, estão dizendo: -Nós vamos apelar ao espiritual. Isto não pode ser feito. Não é lógico, muito menos bíblico. Esta é uma abordagem típica da música cristã contemporânea hoje em dia e é interessante notar que a maioria destes estilos teve a sua origem em música dançante”.
Se não dançamos na igreja, porque nela não é salão de baile, então porque se utilizar de músicas dançantes dizendo que é para adorar ao Senhor?
Em seu livro Hole in Our Soul: The Loss of Beaty and Meaning in American Popular Music – Buraco em Nossa Alma: A Perda da Beleza e Significado na Música Popular Americana – Martha Bayles (secular), comentando sobre o que o mundo busca na música e ela disse:
“…poder motivador de dança e poder emocional de canções…”
O que ela está dizendo é que o mundo busca uma interatividade com o sexo oposto. Isso não é para o salvo!
Portanto, o mundanismo na música é uma IDENTIFICAÇÃO BEM PRÓXIMA COM O MUNDO.
A regra é simples: Se o mundo usa é MUNDANO!
Eles usam porque é mundano, e música é uma linguagem, uma comunicação. Se eles usam é porque se identificam com essa linguagem e essa comunicação e o que ela transmite.
Alguns tipos de música são mundanos por causa de sua IDENTIFICAÇÃO com o mundo. Se forem TOCADOS em lugares mundanos é porque os FREQUENTADORES destes lugares esperam este tipo de som.
Tais pessoas se sentem confortados exatamente pelo tipo de música que está sendo tocadas neste lugar.
Experimente entrar numa boate e tocar uma marcha? Veja o que acontece? As pessoas na hora vão parar, olhar para o DJ e perguntar: O que é isso? O que é que está acontecendo? Esta música não é compatível com o que viemos fazer aqui…
Ou imaginemos algum tocar um hino tradicional num bar? Qual seria a reação do publico?
Segue-se a pergunta: Iremos pegar estes sons e trazê-los para dentro de nossas igrejas? De nossas vidas?
Será que não estamos trazendo esse tipo de música para dentro das igrejas? Como pode uma coisa dessas?
Se eles não aceitam nosso estilo de música lá, porque devemos aceitar os estilos mundanos dentro da igreja?
Como vimos, certos tipos de música apelam para a CARNE e estes tipos de música se encaixam em lugares MUNDANOS, pois, satisfazem, agradam e entretêm.
Música sacra deve ser para LOUVOR ao Senhor e não para ENTRETENIMENTO.
Julius Portnoy em seu livro Music in the Life of Man – Música na Vida do Homem, diz:
“O músico cristão é membro de dois mundos, o espiritual e o material. A escolha é dele: criar MÚSICA SACRA que AGRADA A DEUS porque esta música enobrece o caráter, OU PROFANAR o milagre de criação e produzir MÚSICA SECULAR que provoca concupiscência e desejo sensual”.
O músico cristão DEVE conhecer música.
Mundanismo na Música
2, O som
Música mundana pode ser identificada pelo SOM!
Por exemplo: Você está passando por um lugar, você ouve uma música saindo de um apartamento, de uma casa. Mesmo que não tenha nenhuma palavra (letra) imagens começam a se formar na mente. É possível pensar no que pode estar acontecendo lá dentro, que tipo de atmosfera há lá, que tipo de pessoas moram lá, o que eles estão vestindo, fazendo, etc. Pelo som que está saindo de lá podemos saber o que está ocorrendo lá.
Que imagem vem à sua cabeça ao ouvir música saindo de um bar, um clube, etc.?
Que imagem tem o mundo ao passar por nossa igreja, nosso carro, nossa casa, nossas festas, nossos noivados, casamentos?
Se alguém sem Cristo está cansado do barulho que o mundo oferece e procura música que alimenta o espírito, a sua igreja os atrai ou ela tem as mesmas qualidades e sons que o mundo?
Quando o mundo cansa do SOM deles, onde vão achar outra MÚSICA?
Lembra que o salmista disse: …Pois um novo cântico em meu coração…
Onde vão achar novo cântico se na igreja ou fora dela é o mesmo SOM, mesma batida?
No livro de Stephen McAdans, intitulado Thinking ind Sound (Pensando em Som), ele diz:
“Reconhecimento é realização ao lugar esta informação sensorial com alguma representação armazenada em um léxico de formas sonoras na memória longa…”
Assim, SONS causam IMAGENS associadas à mente. Ao ouvir música, imediatamente começamos a criar imagens em nossa mente.
Então, o que é o SOM DO MUNDO ou SOM MUNDANO?
A revista Times fez uma critica sobre a cantora secular Christine Movie. Ela chamou de “Uma das vozes mais suaves e sexys de qualquer bairro”.
Agora ouça Amy Grant e veja o mesmo estilo, mesma técnica que ela está usando. Alias, veja o que disseram sobre a Amy Grant na revista People:
“Ela fez uma transição suave de gospel com um toque de rock para rock com um toque de gospel. Ela canta vibrantemente e com confiança. Para aqueles que gostam de danças e orar ao mesmo tempo, não tem música melhor do que a dela”.
Então, que TÉCNICAS DELIBERADAS causaram essa crítica de música “é a voz mais suave e sexy”?
Vamos ver:
1)Escorregadas:
No livro How to Sing for Money – Como Cantar por Dinheiro – o autor Charles Henderson diz:
“Escorregadas”- é alcançar uma nota por escorregar para cima de um ataque levemente abaixo do tom. E uma prática comum para produzir um efeito swing”.
Cristão deve buscar swing?
As vezes alguém diz: Mas o ritmo está certo? Está certo, mas existe outros ingredientes que pode deixar a música mundana para atingir propósitos pré-definidos.
Já no livro de Charles Brown, intitulado The Art of Rock and Roll – A Arte do Rock and Roll ele diz:
“Escorregada vocal” – “Algumas pessoas caracterizam estas escorregadas vocais com um som sexual”
2)Subidas e descidas:
São abaixo ou acima da linha melódica escrita.
Que são estas subidas e descidas?
Novamente Charles Henderson, em Como Cantar por Dinheiro responde:
“O cantor treinado classicamente tem um respeito arraigado à qualquer melodia escrita e hesita em alterá-la. O “swinger” nato, por outro lado, olha para a melodia escrita como simplesmente um ponto de partida conveniente para suas variações”.
3)Voz Sussurrada, ofegante e leve:
Na revista Parade em um artigo intitulado “Nasce Uma Rainha de Disco” eles disseram:
“Ela é cantora que todos chegamos a conhecer; amar; e que nos faz dançar. Ela sussurra, “abaixem as luzes” e promete que hoje a noite “vamos até o fim”. Ela deixa cair o casaco que está usando e revela um colant de seda branco, cumprimenta a multidão, e então volta para o trabalho com a seleção que a fez um nome ouvido em quartos de dormir – o gemido sussurrado e respirado da música chamada “Adoro te Amar; Baby”… A imagem dela, é claro, tem sido a de uma deusa de música disco obcecada por sexo… “Eu não sinto que violei minha própria moralidade. Ela foi violada por outras pessoas… Eu fui cristã por toda minha vida… Só me desviei dos caminhos da justiça… Eu sou música e quero lidar com todas as facetas dela”.
[Exemplo de voz sussurrada e leve: Susan Ashton]. Isso não é só entretenimento. É alimentar o coração, a alma e os pensamentos. Isso é pecaminoso. É mundanismo na música.
Portanto, o que uma voz sussurrada, ofegante e leve comunica?
Ela comunica a sensação de estar bem pertinho, bem próximo, bem juntinho… Agora, vamos usar uma técnica dessa diante de um Deus santo? É isso que se faz com músicas MCC.
Provérbios 5:3,8 diz: “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite… Longe dela seja o teu caminho e não te chegues à porta da sua casa”.
Os sociólogos falam de três ZONAS de INTERAÇÃO:
1)SOCIAL => Distancia de uma braçada. (aperto de mão, por exemplo).
2)PESSOAL => Menos que a distância de uma braçada. (relacionamento família).
3)ÍNTIMA => 5 cm e/ou tocando. (intimidade).
Agora, podemos raciocinar: Qual foi a última vez que um homem ficou próximo de uma mulher – sem ser sua esposa – por mais que 4 minutos?
Aí está. Esta técnica de Voz sussurrada, ofegante e leve é exatamente para projetar essa intimidade, essa proximidade. Logo, a zona íntima foi violada!
Charles Brown em seu livro A Arte do Rock and Roll diz:
“Ao deixar sua voz mais suave em certos trechos, ele (Elvis Presley) conseguia criar um efeito pessoal que deixava as mulheres na plateia sentirem que ele estava cantando diretamente para elas”.
4)Técnica do microfone:
Diz Charles Henderson em seu livro Como Cantar por Dinheiro:
“Através do microfone… a ênfase hoje está na INITMIDADE”.
Observem os cantores de MCC cantando e como eles manuseiam o microfone, praticamente acariciando o microfone, bem perto dos lábios.
Microfone deve ser usado para ampliar o som para todos OUVIREM, não para projetar INTIMIDADE.
5)Vibrato Atrasado:
É cantar uma nota num tom reto e depois gradualmente entrar num vibrato largo ao invés de um vibrato natural sustentado pela nota.
6)Ligeiramente Desafinado:
É cantar ligeiramente abaixo do tom, enquanto CONSCIENTEMENTE atrasando o vibrato e depois entrando num vibrato largo.
[Exemplo americano: BJ Thomaz]
[Exemplos em português: Vários – Aline Barros, Fernanda Brum, Cleber Lucas…]
Não estamos falando de cantar com emoção. Podemos sim cantar com emoção, mas questão é inserir técnicas deliberadas, aprendidas, estudadas, imitadas que comunicam uma identificação com o mundo.
Estilo ou uma Extensão de uma Filosofia?
Trata-se de uma extensão de uma filosofia.
Estilo de música, dentro dos padrões dEle, Deus nos deu muitos estilos. Nós temos criatividade. Por exemplo , tem época de música romântica, barroca… mas todos considerados clássicos. E por quê? Porque seguiam um padrão de grandeza, de ordem divina. Estilos existem, mas, estamos tratando de filosofia de mundanismo na música e como isso é projetado.
Se é uma filosofia, então, qual filosofia?
Martha Bayles em seu livro Buraco em nossa Alma diz:
“Música é uma… mistura estultificamente previsível de ritmos mecânicos, sons metálicos cintilantes, e vozes oferecendo uma parte de melodia para nove partes de ofegos, suspiros e gemidos” (p.284).
O que ela está falando sobre música?
-Que o ritmo é proeminente.
-Que há um som não musical eletronicamente gerado,
-Falta melodia,
-Alguns sons que nem podem ser classificados como música.
Eis porque ela chamou de “estultificamente”, que segundo o Webster é: Tolo, Estúpido, Absurdo, Ridículo, Inútil…
Interessante que o próximo capítulo no livro dela acima mencionado é demonimado: “O Triunfo da Perversidade”.
Já no livro Music for Pleasure – Música por Prazer por Simon Frith (Crítico de música inglês. Autor e coautor de mais de 15 livros. Ensinou na Universidade de Warwick. Ele diz:
“Todos os cantores de pop, masculinos e femininos, têm que expressar emoção direta… a voz é uma reflexão aparente e transparente de sentimento… isto é, O SOM DA VOZ não as palavras cantas, sugerem o que o cantor REALMENTE quer dizer”. (p.154).
O som da voz, ou seja, a maneira como alguém canta e não as palavras cantadas é que diz o que realmente o cantor quer dizer.
Em Emblemas da Mente, A Vida Interior da Música e Matemática, por Edward Rothstein (Principal Crítico de Música para o New York Times. Frequentou Yale, Brandeis, Columbia, Univ. Chicago), diz:
“Enquanto você toca música, você também abraça um estilo. O estilo sugere a maneira de sentar, maneiras de cantar, maneiras de sentir ritmo… Também sugere maneiras de pensar. Um estilo define uma comunidade musical – um grupo com noções compartilhadas sobre música e seu propósito. O estilo compartilhado permite comunicação musical sem mal entendimento, um senso comum do que tem sido falado e porque”. (p.89).
As grandes obras músicais do mundo são do estilo POLIFÔNICO (combinação de melodias). O salvo deve saber por que este tipo de música é grande.
A música popular hoje segue um estilo poliritmico – que mistura vários ritmos (de origem africana). E as grandes obras – chamados clássicos – eles seguem o estilo POLIFÔNICO – que é múltiplas melodias. (diferente de múltiplos ritmos).
O salvo deve saber porque este tipo de música é grande. A resposta está em Efésios 5:18-19: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas envhei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e MELODIANDO ao Senhor no vosso coração”.
Resultado: Voz de Melodia!
Música Sacra deve refletir Deus!
Quando estivermos cheios do Espírito Santo iremos produzir MELODIA. Esta melodia deverá refletir o caráter de DEUS e imitar a verdade do EVANGELHO. Não há nada de RELATIVO nas palavras do Evangelho de João 14:6 e nem deve haver no evangelho cantado.
Jesus disse: Eu sou O caminho, A verdade e A vida… não há nada de relativo nisso!
Por que nada de relativo no evangelho? Que isso tem a ver com estilos?
Veja o que diz Calvin Johansson em Música e Ministério:
“As características do evangelho devem combinar com as características semelhantes na música, se a música quiser mostrar significado evangélico. De certa forma, a música se torna o evangelho. É o evangelho em ação musical”.
Então o que estes estilos mundanos refletem?
Em Emblemas da Mente: A Vida Interior da Música e Matemática, Edward Rothstein afirma:
“…Um dos alvos desta música (clássica, polifônicas) era o de criar um tipo de coesão interna…” (p.45).
E Continua…
“Uma melodia é composta de notas discretas. Elas não escorregam uma nas outras… Se tentarmos literalmente conectar estes tons, para preenchermos os espaços entre eles, não conseguimos mais do que uma escorregada ou uma sirene – um som que é quase musicalmente irrelevante… (p.100-101).
Ele está dizendo que na música clássica a melodia é respeitada. As escorregadas NÃO está na melodia, não está na escrita da música. É até desrespeito pratica-la. Ela pode ser empregada, por exemplo em músicas infantis, mesmo assim com muito critério.
A música do mundo (e de muitos “evangélicos”) adota um estilo de “faça como quiser”. Tudo é RELATIVO. Não existem ABSOLUTOS. Ou seja, é EXISTENCIALISMO, onde se nega o ABSOLUTO.
David Tame (secular) em O Poder Oculto da Música disse:
“Possivelmente aqui encontramos algumas das melhores dicas da filosofia por trás da “nova música”; existencialismo, é claro, é a doutrina geral que nega valores ou morais universais objetivos”… “…o ideal é que não haja nenhum ideal, e a regra é que não deve haver nenhuma regra… A música hoje em dia é mais desprovida de fundamentos ideológicos do que em qualquer outro período durante a história do homem”.
O problema é que é o mesmo som, filosofia que o MCC está utilizando.
Uma Teoria Generativa de Música Tonal, por Lerdahl e Jackendoff escreve:
“…muito da música contemporânea não oferece uma medida coerente de estabilidade de tom relativo; a maior parte dela nega um centro tonal completamente”.
Ou seja, nenhum absoluto. O som prega relativismo, desordem, caos, ao invés de ordem e harmonia. Assim, o SOM em si desonra a criação e nega o criador.
Em Emblems of Mind, no capítulo Uma Questão de Estilo, Edward Rothstein diz:
“Música, para ter ordem sempre deve envolver restrições, limitações e regulamentos do som”.
Já descobrimos que música não é meramente questão de preferencia ou gosto. Devemos concluir agora que o ESTILO é importante. O ESTILO em si reflete e projeta a FILOSOFIA.
O ESTILO é de total importância.
Alguém pode falar:
Vogais & Consoantes = Benção ou Blasfêmia?
Não é uma questão de UM ACORDE, pois, ele é apenas um bloco da construção da arte!
Vogais e consoantes podem ser benção ou blasfêmia? SIM!
Vejamos a vogal “e” como pode ser benção ou maldição:
AmE a Deus!
OdeiE a Deus!
Assim, quando elementos de uma arte são combinados eles comunicam um valor moral da mesma forma que artistas com caneta & papel podem produzir beleza ou pornografia.
Então, concluindo:
Da mesma maneira que vogais e consoantes podem se tornar em BLASFÊMICA, caneta e papel nas mãos de qualquer artista podem se tornar PORNOGRAFIA, assim também, notas e ritmos, nas mãos de um compositor ou artista, podem se tornar SENSUAIS.